quarta-feira, 2 de outubro de 2024

POEMA












A Arte de Manuel Portugal.






ABRAÇA-ME
Não quero ver as sombras tremerem no escuro nocturno
Do meu medo
Enquanto a luz do luar se mantém
no puro e aberto ambiente da serra.

Abraça-me, lá de longe onde adormeceste, sem pensar
Que a minha janela só para ti pode abrir-se.

Não consigo esquecer ,nem o sítio nem o tempo
Em que a ternura me prometeste com gestos de afago
Que ainda não vi aparecer acentuando, por isso, o meu sofrer.

Desejo falar-te num silêncio sôfrego, um solilóquio harmónico,
Para te pedir o carinho que não pode acabar neste HOJE,
neste momento que adivinho PRESENTE a acabar diferente.

Quero VIVER neste fogo que me escalda o corpo
Aberto,oferecido à tua perene e doce fantasia.
©Maria Elisa Ribeiro

Julho/2022 

Sem comentários:

Enviar um comentário