"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
terça-feira, 3 de novembro de 2015
QUADRO DO PINTOR "FRAGUIAL", (Guilherme de Almeida), a ilustrar o meu poema "SAMARITANA"
partilhou a foto de Guilherme D'Almeida.
há 3 horas
O Pintor "FRAGUIAL", Meu amigo Guilherme de Almeida, presenteou-me com uma pintura lindíssima do meu poema "SAMARITANA".
Não tenho palavras, meu bom amigo!Do coração, um enorme, incomensurável, "OBRIGADA"!! ADORO, MESTRE!
SAMARITANA
100X80X4 cm
POEMA DE MARIA ELISA RIBEIRO (MARILISA)
CUBISM -2014
OIL ON CANVAS
PAINTED BY FRAGUIAL
FOTO DE "PÉDICCA" FOTOGRAFO (ITALY)
Negros cabelos te encobrem, na noite
em que vais encher o cântaro
à fonte, no alto do monte.
_________________Só as copas dos pinheiros e as flores vermelhas
_________________te falam do vento que afastou a neve,
_________________levando a marca dos teus passos leves.
O rebanho passou…uma ovelha perdida encostou-se ao castanheiro
transida de medo e frio…um pastor espera-a,
na beira do rio,na margem da fonte.
(As oliveiras descansam ao som da água, numa colina de Jerusalém.)
_____________________________Faúlhas de luz dos raios das estrelas cheiram
_____________________________à resina da noite, que odora as ravinas
_____________________________da tua cintura estreita…
E em teus olhos de violeta estende-se um corpo
colado aos anseios da escuridão,
que te alimenta os devaneios de humana excitação.
Matas a sede…enches o pote…soltas os cabelos presos
numa grinalda de fios de luar que,
passando por desertos e oceanos,
te falam dos segredos -que-deixam-de-o-ser…
_________________________Cobrem-te as folhas mortas dos bosques…
_________________________na alegria do degelo dos sentidos, VIDA-BEM.
Sabes que o mundo é, agora, TUDO o que te separa do mundo, também…
E o cântaro cheio é uma ilha do teu arquipélago-a-ser,
na brancura da noite de alabastro que acabas de viver .
Os pássaros dormem, pendurados nas figueiras de figos-mel,
até ao silêncio dos anos em que o sul será engolido pelo vento.
Teu cabelo recolhido num beijo vida, desces a vertente,
cansada de fôlego-alma… mistério escondido no tronco das árvores
cheias de vírgulas nas pausas deitadas, ao comprido, num regato fluido.
_______________________De manhã, levantas-te para falar ao sol…
_______________________e comerás azeitonas negras, sentada na borda
_______________________do poço, onde a seiva de um poema é feita
_______________________de caules e folhas de um místico segredo.
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
JAN/014
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