"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
domingo, 1 de novembro de 2015
Poema (meu)
Poema:
FLORESTAS DA NOITE
As dunas são florestas da noite das praias,
que se afogam no fogo frio das águas
dos oceanos sem chamas sem clarão,
sem sangue de raízes quentes,
onde é urgente que durmamos para reavivar
faúlhas e onde qualquer árvore pode ser a vida
que falta ao traço de união das vidas em combustão.
dunas------janelas do ar-----maresia ansiosa-----areias perfumadas-----
donde-------podemos claramente ver------nascer a Primavera
lenta------suave ------graciosa-----por cima do mar----
Dunas, sim! Florestas da noite à beira-mar, sim!
Nelas permanece a linguagem marinha, que se esgota
a louvar a coragem de dormir com os braços sem folhas,
sem o calor das folhas
no relento de todas as Imagens dos Outonos.
As palavras molhadas de bolhas das marés
vivem abraçadas ao orvalho, que se senta,
prepotente, no corpo das areias e nas folhas
das-árvores-em-contínuo-compasso-de-amor.
O mar ainda não percebeu que as dunas não são barcos seus…não navegam à vela…não são naus nem caravelas…não cortam espumas dos tempos das pimentas .nem das canelas…
Maria Elisa Ribeiro
OUT/015
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