"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sábado, 24 de outubro de 2015
De Portugal: Editorial de "PÚBLICO"
EDITORIAL
Um discurso com efeito bumerangue
DIRECÇÃO EDITORIAL
24/10/2015 - 05:18
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TÓPICOS
Governo
PS
Cavaco Silva
António Guterres
CIP
António Saraiva
António Costa
Editorial
Bastou um dia para confirmar no discurso de Cavaco Silva aquilo que já muitos haviam notado mal ele terminou: o Presidente, na ânsia de seguir o seu instinto, acabou por ajudar quem mais visivelmente queria atacar. Quis firmar uma decisão de homem de Estado, mas recebeu em troca críticas à esquerda e à direita, inclusive de sectores que habitualmente o aplaudem (até o presidente da CIP, António Saraiva, lhe criticou o “tom crispado”, atitude que, ironia das ironias, Cavaco tem por hábito desaconselhar aos outros). Quis apelar a uma divisão do PS e não fez mais do que ajudar a uni-lo, facilitando a António Costa uma tarefa que este teria por difícil. Quis exorcizar uma alternativa de governo à esquerda e, no entanto, talvez tenha com isso apressado um acordo que tardava. Por fim, deixou a pairar sobre Passos o fantasma de um governo de gestão. Se a oposição lhe tivesse escrito o discurso, não conseguiria melhor.
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