"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
Benfica arrasa Jorge Jesus em Tribunal
O clube da Luz acusa o agora técnico do Sporting de danos à honra do clube, numa série de críticas hoje tornadas públicas.
DR
DESPORTO POLÉMICA09:14 - 15/10/15POR NOTÍCIAS AO MINUTO
A saída de Jorge Jesus da Luz para Alvalade foi uma das mais mediáticas transferências de treinadores do futebol português, mas, para o Benfica, representa muito mais do que isso. Na ação entregue no Tribunal do Barreiro, o clube fala em “desonra” depois de ter sido “ultrapassado e enganado pelo seu treinador principal”, considerando que esta mudança “arrastou consigo danos gravíssimos para a honra, o bom-nome e o prestígio desportivo”.
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O documento é revelado pela revista Sábado, que demonstra o porquê do Benfica exigir ao treinador uma indemnização de “valor simbólico de 14 milhões de euros”: “operando, por defeito, um cálculo de 1 euro por cada adepto ou simpatizante”, utilizando como base um estudo realizado por Luís Reto, reitor do ISCTE, que fala num "número aproximado de 14 milhões [de adeptos do Benfica], entre portugueses residentes, na diáspora, nos países de expressão oficial portuguesa e, mesmo, em estrangeiros”.
O Benfica sustenta a acusação com o contrato de Jorge Jesus com o Sporting, assinado a 5 de junho, 25 dias antes do término do seu vínculo ao clube, defendendo que o técnico começou, nessa data, a “executar funções inerentes à qualidade de treinador do Sporting”, complementando o documento com notícias relativas a contratações aprovadas pelo técnico nesse período.
O clube fala, ainda, de uma inserção de Jorge Jesus “na vida interna do futebol profissional do Sporting, que o levou a telefonar – e por várias vezes – a um funcionário do clube para obter informações”.
Quanto às notícias veiculadas acerca um alegado impedimento de Jorge Jesus frequentar as instalações, o Benfica alega tal ser “rigorosamente inventado, pois as suas pertenças foram, por acordo entre responsáveis do Benfica e do treinador, levadas para o seu domicílio”, acrescentando que, “apesar de saber que tal episódio não se verificou, [Jesus] vem invocar a mais curiosa conclusão quando afirma: ‘Consubstanciando tal situação um despedimento ilícito’”.
Em relação ao alegado processo colocado pelo agora treinador do Sporting quanto ao não pagamento do último mês de contrato, o Benfica responde de forma ríspida. “Como se o ridículo não lhe retivesse a mão, vem propalar que lhe devem o vencimento de junho de 2015. Quando confessa (falsamente, mas confessa) que ‘foi despedido no dia 4 de junho’. Nem para si é bom conselheiro, pois quereria receber um vencimento de um vínculo que, na sua fantástica tese, seria cessado a 4 de junho. Adentro da coerência dessa visão absurda poderia reclamar a retribuição dos primeiros três dias de junho. Mas não: através do seu porta-voz na SIC Notícias [que a revista Sábado identifica como Rui Santos] veio reclamar o vencimento integral de junho para disseminar as suas obrigações laborais. Apesar de ter recebido um chorudo prémio pela vitória no campeonato nacional”.
O Benfica acusa, ainda, Jorge Jesus de oferecer ao Sporting “o modus operandi e a sua tecnologia, os seus técnicos, os seus métodos, ao fim e ao cabo, a sua ‘intimidade desportiva’”, fazendo alusão aos “quatro elementos que operam com o treinador na equipa técnica do Benfica. São eles Raúl José (adjunto) e Mário Monteiro (preparador físico), além de Miguel Quaresma e Marco Pedroso (quadros mais afetos à área da observação)”, assim como “uma tecnologia única em Portugal, que [o Benfica] havia adquirido e que se destina a introduzir animação em 3D nas imagens”.PARTILHE ESTA NOTÍCIA COM OS SEUS AMIGOS
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