quinta-feira, 31 de julho de 2014

Poema de António Lobo Antunes, na voz de Kátia Guerreiro



VALSA,

poema de António Lobo Antunes, na voz de Cátia Guerreiro.







Ficámos finalmente, meu amor
Na praia dos lençois, amarrotada
O mal que venha sempre, é um mar menor
... Sorriso de vazante na almofada

Se chamo som das ondas ao rumor
Dos passos dos vizinhos, pela escada
É porque á noite, acordo de terror
De me encontrar sem ti de madrugada

Qual a côr desta noite e de que medos
São feitas essas mãos que não me dás
Ó meu amor... a noite tem segredos
Que dizem coisas que não sou capaz



Valsa by Katia Guerreiro on the best of FADO um tesouro portugues, vol 4

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