sexta-feira, 25 de julho de 2014


Ferreira Leite "A detenção de Ricardo Salgado não devia alegrar os portugueses"
Para Manuela Ferreira Leite a detenção de Ricardo Salgado é algo que não deve agradar aos portugueses, pois o país precisa de "grandes grupos económicos". Em comentário na TVI24, a ex-ministra das Finanças questiona-se também sobre o papel da justiça nesta situação.


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22:49 - 24 de Julho de 2014 | Por Andrea Pinto


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Manuela Ferreira Leite comentou esta noite no programa Política Mesmo, na TVI24, a situação do Grupo Espírito Santo e a detenção do ex-presidente executivo do Banco Espirito Santo, Ricardo Salgado. Para a ex-ministra das Finanças, é lamentável que os portugueses estejam satisfeitos com a “queda de uma pessoa que era considerada um todo-poderoso”, dado que isso significa que andamos enganados sobre as pessoas que alegadamente têm influência na sociedade. Toda esta situação, defende, revela também graves erros na justiça.
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Começando por afirmar que “tem dificuldades em falar de uma assunto que não conhece bem”, Manuela Ferreira Leite afirmou que ao contrário da grande maioria dos portugueses, a detenção de Ricardo Salgado “é uma situação que não a alegra”.

“A queda de uma pessoa que era considerada um todo-poderoso não é nada que me alegre”, afirmou, defendendo que “o país precisa de grandes grupos económicos e que esta situação só é prejudicial ao país”.

Para Ferreira Leite a “imagem da justiça também não sai muito bem” com a detenção de Ricardo Salgado, uma vez que se torna questionável o porquê de se ter avançado com a detenção do ex-presidente executivo do BES apenas uma semana depois deste renunciar ao cargo, quando as fraudes no grupo já eram referenciadas há muito tempo pelo Ministério Público. Dito isto, a comentadora relembrou que o mesmo aconteceu com o ex-presidente do Benfica, João Vale e Azevedo, que também foi detido apenas depois de renunciar ao cargo no clube 'encarnado'.

Toda esta situação, levou a comentadora a relembrar que, tal como já havia afirmado, anteriormente, afinal, os problemas económicos do país não têm origem apenas no défice do sector público como se tem considerado, mas também com os problemas e dividas do sector privado.



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