DE UM SOPRO…(30)
…silenciosamente, medito.
.só, o pensamento cabe na medida das palavras não pronunciadas.
…o longe faz-se perto.
…o passado torna-se presente.
…as quedas d’água rumorejantes
grávidas de gotas das chuvas
enchem espaços longínquos-perto-de-tão –afastados-distantes.
De um sopro,
agita-se o cérebro silencioso…
…revive, recorda, rememora…
.tráz a infância nas asas do Tempo, como natural rajada de vento.
…a luz é luz.
. a treva é treva.
.o imenso é mistério
de autodescoberta
que não encontro.
. e eu não sei onde me coloco no ponto fulcral-de-mim
a perder-me-numa-fronteira-sem-fim .
De um sopro,
a chama torna-se cinza …
…a flor murcha…
…o mar impõe-se à areia que desliza…
a mente estala
e a palavra fossiliza
no poema-arte.
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
Marilisa Ribeiro-FEV/012
"De um sopro", respirei aqui, nesta agradável visita, um maravilhoso poema, Marilisa! Beijinho
ResponderEliminarObrigada, Joaquim do Carmo! Gostei de o "ouvir" entrar...
ResponderEliminarBeijinho da
Maria Elisa