sábado, 22 de fevereiro de 2014

Poema de Rosalia de Castro-(1837-1885), poetisa galega

Através de www.escritas.org

Poema de Rosalia de Castro (1837-1885)

"Cada noite chorando eu pensava
que esta noite tão longa não fora,
que durasse e durasse enquanto
a noite das angústias me envolvem lutadora...

Mais a luz insolente do dia,
constante e traidora,
cada amanhecer penetrava radiante de glória
até o leito onde me havia estendido com minhas angústias.

Desde então hei buscado as trevas
mais negras e profundas,
e as hei buscado em vão,
porque sempre atrás da noite encontrava a aurora...

Só em mim mesma buscando no escuro
e entrando, entrando na sombra,
vi a noite que nunca se acaba em minha alma,
em minha alma sozinha. "

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