sábado, 21 de dezembro de 2013

POEMA: NATAL





Natal gelado, frio, vergado
ao peso da neve caída…
Ruas desertas… almas inquietas
aos pés da sofrida lareira acesa…
Natal molhado!
Chuva caída de nuvens inchadas,
às bategadas!
Espírito inquieto de olhar vago,
Perdido,
na procura da flor do AMOR.

Igreja aberta,
acesa,
desperta…
…conforto de quem quer entrar.
Velas de luz aos pés do Menino deitado na palha,
no verde musgo seco,
do aconchego místico dos animais…

Bafo de amor cobre o mistério…
No agreste mundo
sofre-se de modo profundo…

Maria e José, mesmo ali, ao pé…
Conhecem a dor que espera o Senhor-Menino,
ali deitado ,a seu lado, como parte de um destino…

Fora da cabana, no céu azul, límpido, intenso,
brilha a luz das estrelas, num ambiente denso.
É oiro de raro incenso, derramado na mirra cheirosa
da noite azulada…

Um cometa, imenso como o firmamento,
pousa, com fragor,
na cabana do Menino-Senhor…

Inexplicável sentir de uma estrela mágica
que cria , para sempre, o eterno Natal!

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro


Marilisa Ribeiro


C7G-27/39-(mist)-DEZ/011

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