"As minhas palavras têm memórias
____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso
_________o momento do mistério inquietante de me escrever"
Meus queridos amigos: é noite de ano novo. Estamos, muitos de nós, na calma verdade de nós próprios, junto à lareira, a sentir a proximidade dos nossos corações, em família ou /e com os amigos. Vamos mudar de ano; vamos, no dia de amanhã, acordar para realidades de que não quero falar. Iremos continuar , no futuro, a procurar o FUTURO que perdemos, que parece ter acontecido num tempo que se perdeu, abandonando-nos em más mãos e maus corações. Não desanimemos e unamos forças para podermos recuperar um pouco de NÓS, do que FOMOS e do que temos esperanças de VOLTAR-a-SER. Tenho feito tantos amigos entre vós! Tenho sido tratada, desde que vim para o Facebook, em 2009, de modo gentil, amigo, respeitador e MAIOR. Estamos muito mais pobres e desiguais do que sempre fomos. Precisamos de confiar. Por isso, vos agradeço, de todo o coração, as provas de amizade com que me tendes recebido, prometendo-vos estar junto de vós, com o coração cheio de ternura, até que os tempos o permitam... Feliz Ano Novo para todos vós, para vossas famílias e amigos!
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro- 31 de Dezembro de 2013.
(FOTO NET)
Autogolo do Nacional dá vitória ao Benfica www.tsf.pt A vitória do Benfica sobre o Nacional por 1-0, num jogo a contar para a Taça da Liga, é um dos temas em destaque na revista de imprensa desportiva desta terça-feira.
"Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é "muito" para ser insignificante."
Augusto Branco -in O citador
Os PORTUGUESES, EM GERAL, TAMBÉM ACUSAM ESSE homem DO MESMO! MAS É DE ADMIRAR? QUEM NÃO SE LEMBRA DOS MALES QUE FEZ E DE OUTROS QUE O POVO NÃO LHE PERMITIU FAZER, QUANDO, METEORICAMENTE, SOB OS OLHOS TAPADOS DO POVO QUE NELE ACREDITOU, SUBIU , HÁ TEMPOS, A primeiro-ministro? O MAIS TRISTE É QUE TANTOS CONTINUARAM DE OLHOS CERRADOS QUANDO ele QUIS ACABAR A VIDA POLÍTICA , EM GRANDE, E CONCORREU A PRESIDENTE DA NOSSA república DE BANANAS! ESTÁ FELIZ, o homem...FOI , NOVAMENTE, CONTRA A MAIOR INSTÂNCIA DEMOCRÁTICA DO PAÍS: O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL! ATÉ HOJE, ALGUÉM LHE CONHECE UMA PALAVRA DE HUMANIDADE PARA COM O POVO, QUE JUROU DEFENDER? PARA COM OS POBRES, OS IDOSOS, OS PENSIONISTAS E REFORMADOS? CONTRA O ESTADO DE SÍTIO DECLARADO NO DESEMPREGO GALOPANTE, NAS ESCOLAS, ONDE AS CRIANÇAS DESMAIAM DE FOME? NA SAÚDE, COM OS POBRES A MORREREM POR FALTA DE MEDICAMENTOS E DE DINHEIRO OU TRANSPORTES PARA OS HOSPITAIS?ALGUÉM LHE CONHECE MAIS QUE AS CÉLEBRES FRASES "SOBRE AS VAQUINHAS" OU AS "CAGARRAS DAS ILHAS SELVAGENS"? ALGUÉM ESPERAVA OUTRA ATITUDE dele, NO MOMENTO EM QUE O DESEMPREGO DESCE PORQUE OS PORTUGUESES ESTÃO A EMIGRAR , A UM RITMO ASSUSTADOR, QUE COMPETE E RIVALIZA COM OS NÚMEROS DO TEMPO DA DITADURA SALAZARISTA?ALGUÉM PODE VER A CARA DESTE HOMEM? E VAI, HOJE, FALAR AO PAÍS? EM MINHA CASA , NÃO ENTRA ELE! QUE VÁ LARGAR LÉRIAS PARA O TEJO...
Michael Schumacher sofre grave acidente de esqui www.dn.pt O ex-piloto alemão Michael Schumacher, sete vezes campeão Mundial de Fórmula 1, sofreu um grave acidente de esqui na estância de Méribel, Alpes franceses, revelou hoje a rádio francesa Europe 1.
…sai uma lágrima luxuriante das videiras, que saúdam as bagas de insistente cor roxa, num pranto enxuto- a- desvendar- mosto… …a ventania passeia-nos pelos nervos, e acomoda-se nas metáforas do novo outono… …os dentes doirados das madrugadas raiadas de sol ,sorriem às papoilas, que partiram até à sabedoria do âmbar oriental, do nácar e do coral, enquanto um trovador medieval canta o amor numa conhecida fria fontana.
… …ondulam rostos na persistente frescura do enigma de um botão que germina, ao som dos gestos da alfazema, a espalhar seu mágico odor… …e, como se houvesse um sulco de infinito amor, as mãos permanecem enlaçadas-em-gotas-de-suor…
… os pássaros povoam o fiozinho de água e sol dos peitos das plantas, que ascendem à ternura da penumbra do entardecer… …e os búzios rasgam a sensual lisura do areal que fez amor com as ondas do mar, cobertas de cinzas-de-espuma… …e o luar crescente-ventre-de-mulher arruma a saudade pelos corredores dos escombros da vazia solidão dos homens, num recanto da memória; ( ouve-se a melodia dos recônditos das emoções a convocar pensamentos…)
Entretanto… …dentro de mim há mil vozes de outros tempos a confirmar que tudo, afinal, foi sempre assim… …que os versos são, só e apenas ,a verdade do vento infiel que se move ao sabor do amor- na-noite, que se levanta de novo ao alvorecer, do meio do nevoeiro, onde alucinaram ondas de quente fervor… Depois, há verdades que só nós dois pudemos viver, no intervalo entre -todos-os-instantes… …e amanhecemos sempre que a vida adormece, entre a terra e o céu…e há este entretanto em-que-Me-creio, para além do eco sensível das montanhas, para além do sol que arreda nuvens, para além das nuvens que regam searas e com elas fazem amor…
Entretanto… …no azul das estrelas o riso salta no desassossego dos corpos e enlouquece os sentidos… …e a noite tem séculos que se desfazem ao alvorecer, nas vielas empedradas das guitarras-a-chorar, em todos os entretantos do nosso-SER-a-ESTAR…
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro (MERR)-REG: CR-Maio/013-(O.I.) (Marilisa Ribeiro)
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário.... Perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: Diga a sí mesmo que o que passou jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo... - Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba... Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais em sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Quando um dia você decidir a pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta. Que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.
Desapegar-se, é renovar votos de esperança de sí mesmo, É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor. Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.
A vida não espera. O tempo não perdoa. E a esperança, é sempre a última a lhe deixar.
ACORDO ORTOGRÁFICO» (1990) - ANÁLISE DA DISCÓRDIA ( 147) (Perverso Desastre Histórico-Cultural e Linguístico) Vasta associação de ciências do conhecimento, todas elas intimamente ligadas à LINGUÍSTICA, COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA, FILOSOFIA, RELIGIÃO ou ARTE, as quais foram sucessiva e reiteradamente desrespeitadas, desprezadas, ofendidas e deveras maltratadas no mesmo «Acordo Ortográfico», de 1990. (Continuado) Prossiguemos com a tentativa exaustiva e incessante de esclarecimento de alguns paradigmas deste, absurdo, demagógico, corporativo e falacioso «Pseudo Acordo Ortográfico», de 1990. Continuemos também a analisar mais algumas das milhares de palavras, com ortografias, prosódias/ortoépicas e semânticas algo diferentes ou mesmo, completamente diferentes, sobretudo entre Portugal e o Brasil, próprias do léxico comum de cada um dos países, para já, para se concluir facilmente que, não será a pretensa e utópica unificação lexical que irá enriquecer a língua portuguesa pois, o que sempre a enriqueceu foi, de facto, essa sua grande variedade, diferença e riqueza linguística com várias normas, como a seguir se comprova plenamente. Aliás, como muito bem se sabe e, já o repeti inúmeras vezes, NUNCA, NUNCA, NUNCA, MAS MESMO NUNCA ou JAMAIS, JAMAIS será possível uma uniformidade ortográfica, linguística, prosódica/ortoépica, fonética, semântica, morfológica, gramatical e lexical entre todos os países integrantes da CPLP pois, a história, as influências linguísticas autóctones ou outras, a prosódia/ortoépica, a gramática e a semântica de cada um dos países integrantes na CPLP é algo diferente entre todos, ou mesmo muito diferente como acontece com o Brasil, tornando esta ambição mórbida numa autêntica utopia ficcionista. Por isso mesmo, esse sonho quimérico não passa de uma miragem, de uma ficção, de uma verdadeira utopia delirante e alucinogénea. Conclui-se, facilmente que, a linguagem e a ortografia da variante do «português» do Brasil, é bastante diferente OU MESMO MUITO DIFERENTE da variante do «português» de Portugal e apresenta muitas singularidades próprias da liguística do povo brasileiro, como é, aliás, natural. Verifiquem-se mais algumas diferenças ortográficas e lexicais existentes. Termos típicos do Brasil: CABA - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género feminino e tónica paroxítona, com origem etimológica na língua da tribo dos índios Brasileiros das nações «Tupi-Guarani», que significa, designação geral de numerosas espécies de abelhas e vespas. CARIRI - (Brasil) – Adjectivo dos dois géneros e tónica oxítona, com origem etimológica na palavra «kiriri», da língua da tribo dos índios Brasileiros da nação «Tupi», que significa, relativo aos Cariris, povo selvagem que outrora ocupou grande extensão do Brasil, da Baía para o Norte; Força; Esforço. CANINANA - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género feminino e tónica paroxítona, com origem etimológica na palavra «Tupi», «Kani’ nana», da língua da tribo dos índios Brasileiros da nação «Tupi», que significa, planta trepadeira da família das rubiáceas; Serpente não venenosa, (Spilote spulatus), do Brasil, com um comprimento de cerca de dois metros e hábitos arborícolas; Pessoa ruim, de mau génio. CAPIM - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica oxítona, com origem etimológica na palavra «Tupi», «Caá + pyi», da língua da tribo dos índios Brasileiros da nação «Tupi», que é a designação geral de várias plantas, geralmente forraginosas, em que predominam as gramíneas e ciperáceas; Dinheiro; Termo seguido de um qualificativo para designar um grande número de plantas do Brasil e de África: Capim-açu, Capim-balça, Capim-limão, Capim-mirim, etc...; Espécie de reboco áspero e grosseiro, pouco resistente, feito de cimento e areia. CAMPISTA - (Brasil) - Substantivo comum singular, de ambos os géneros e tónica paroxítona, que significa, aquele que campeia a cavalo, procurando o gado ou tratando dele. CAMPISTA - (Brasil) – Adjectivo e substantivo comum singular, de ambos os géneros e tónica paroxítona, que significa, natural ou habitande da cidade de Campos, no Brasil. CANÇAÇO - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica paroxítona, que significa, pedúnculo do coqueiro. BILONTRA – (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica paroxítona, que significa, homem sem importância mas que se dá ares de alguém importante; Caloteiro; Vadio; Velhaco; Espertalhão; Homem desprezível que frequenta casas de má fama ou más companhias. BONECA - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género feminino e tónica paroxítona, que significa, bandeirola de milho em flor; Mulher muito enfeitada; Mulher pequenina; Mulher perfeita. BONECO - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica paroxítona, que significa, manequim. BRANCA - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género feminino e tónica paroxítona, que significa, pequena bolha de ar no interior do diamante, também chamada ponta de agulha. BREJAL - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica oxítona, que significa, ave canora, também chamada coleira. BRIGUE – FIRME - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónicas paroxítonas em Brigue e Firme, que significa, embarcadiço desempregado. BUCHEIRO - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica paroxítona, que significa, o que vende miúdos de animais; Tripeiro; Fressureiro; Aquele que possui o hábito de comer qualquer coisa, como pretexto para beber. CANTAR – (Brasil) – Verbo com tónica oxítona, que significa, denunciar. CANO - (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica paroxítona, que significa, não cumprir compromissos. CAPINA – (Brasil) - Substantivo comum singular, do género feminino e tónica paroxítona, que significa, acção de capinar, capinação, carpa, corte; Repreensão, censura, reprimenda. CAPINEIRO – (Brasil) - Substantivo comum singular, do género masculino e tónica paroxítona, que significa, o que sacha ou monda o capim; Capinador; Espécie de peixe de rio, também chamado imboré-branco. CONVÉM NUNCA ESQUECER ESTE FACTO HISTÓRICO PARADIGMÁTICO, no qual continuo sempre a persistir, para não haver qualquer dúvida nem discriminação e ainda para avivar a memória: (Cada vez me parece mais pertinente este facto histórico, ocorrido em 1945 pois, a história parece querer tornar a repetir-se). Agora registou-se um facto novo e abominável: «Portugal ficou orgulhosamente só» o que me parece completamente absurdo pois, Portugal, embora não seja proprietário da língua portuguesa é, no entanto, o país onde foi criada a matriz desta mesma língua. «CONVENÇÃO ORTOGRÁFICA LUSO-BRASILEIRA, de 1945» O «Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro», foi assinado e ratificado, entre os dois países, a 10 de Agosto de 1945. Grande parte do povo brasileiro e a imprensa rejeitaram o referido «Acordo», ainda que TENHA SIDO APROVADO POR DECRETO-LEI. Perante tantos protestos, a Assembleia Legislativa Brasileira acaba por ceder, de tal forma que, se recuou novamente para a ortografia anterior, ou seja, a de 1943.» Portanto, o Brasil acabou por não respeitar e rejeitar totalmente o «Acordo Ortográfico», de 1945, que tinha assinado e ratificado com Portugal. (A língua e a ortografia de Portugal, com mais de 3.000 anos, é sagrada, a melhor identidade do povo português e não pode ser alterada, de forma radical, iníqua e arbitrária, por uma espécie de vassalagem, através de um desastroso, dúbio, inculto, demagógico, abominável, subjectivo e corporativo Tratado Político-Mercantilista-Comercial-Económico.)
Domingo, 29 de Dezembro de 2013: Escolas alimentam pelo menos 33 mil crianças nas férias de Natalhttp://publico.pt/revista2
"A Teologia de Frei Bento Domingues Anselmo Borges
É para mim uma honra poder participar nesta homenagem a Frei Bento Domingues, meu amigo e mestre, que, ao longo da vida, foi deixando lições fundamentais: a liberdade cristã – «foi para a liberdade que Cristo nos libertou»; «onde está o espírito do Senhor, aí está a liberdade», escreveu São Paulo –, uma teologia que tem de ser encarnada, o combate pelos direitos humanos, a magnanimidade com os perseguidores, o despojamento em relação ao Poder, que conhece, mas ao qual nunca se colou, a alegria, aliada a uma ironia fina, uma generosidade sem limites. A minha dívida, a dívida da Igreja e dos portugueses para com Frei Bento Domingues é incomensurável.
O que aí fica é uma breve reflexão sobre a teologia de Frei Bento Domingues, e tem três momentos: o primeiro refere-se ao interesse pelo saber religioso no quadro dos interesses e impulsos humanos; o segundo debruça-se sobre a teologia da crónica, porque foi em crónicas que o pensamento de Frei Bento mais se exprimiu; o terceiro quer apresentar os eixos essenciais à volta dos quais gira sua a teologia. (…)
Com o eclipse de Deus, desaparece o sentido do mundo, que o homem «tenta em vão reencontrar me diante uma acumulação de racionalidade». O mundo hoje parece encontrar-se perante um facto decisivo e mesmo único: se, independentemente da sua resposta positiva ou negativa, o homem já não vir pura e simplesmente necessidade de colocar a questão de Deus, isso significa que, pela primeira vez na sua história, a humanidade sucumbe à imediatidade, a uma visão fragmentária do aqui e agora e «abdica da sua procura de sentido», escreveu o historiador Georges Minois. Infelizmente, pode ser o que realmente está a acontecer, como constatou já o marxista heterodoxo e ateu religioso Ernst Bloch, em diálogo com (…) Karl Rahner: «Está a concretizar-se o que Nietzsche profetizou para o século XX: Vamos ao encontro de uma época de terrível miséria. Com subprodução de transcendência.»
Frei Bento Domingues (…), se se tem mantido mais ligado à crónica, não é porque lhe faltasse talento para uma grande obra teológica sistemática. Motivam-no, no meu entender, outras razões. A principal – creio – é o receio de uma sistematicidade morta, um lógos que fizesse de Deus uma coisa – uma coisa que acabará por coisificar os seres humanos. Daí, a sua cautela. Há o perigo constante de os professores de teologia, na ânsia de cientificidade mediante o sistema fechado, transformarem Deus pura e simplesmente num cadáver. Foi esse cadáver que, nomeadamente, Nietzsche declarou mesmo cadáver. Aquele que fora uma criança piedosa e estudara teologia havia de proclamar publicamente em 1882, através de um louco, em A Gaia Ciência, a morte de Deus: «Deus morreu! Deus está morto! e fomos nós que o matámos!»
Que teologia é essa, a da crónica, senão teologia narrativa – talvez a única teologia autêntica –, embora no quadro dos princípios arquitectónicos enunciados? [Teologia do Reino, humana, crítica, ecumé nica, pacifista, aberta à salvação de todos e mística.] O tempo, na sua fragilidade e carácter efémero é habitado: o Verbo fez-se carne (fez-se tempo, na sua fragilidade). Mas o homem, que não foge ao tempo, transcende o tempo, e por isso espera. A última palavra sobre o mundo ainda não foi dita.
Também eu acredito que a existência precede a essência. Que tudo começa quando o coração pulsa pela primeira vez, e tudo acaba quando ele desiste de lutar. Que todas as paisagens são cenários do nosso drama pessoal, comentários decorativos da nossa aventura íntima e profunda. E que, por isso, cada homem só se pode salvar ou perder sozinho, e que só ele é o responsável pelos seus passos, que só as suas próprias raízes são raízes, e que está nas suas mãos a grandeza ou a pequenez do seu destino. Companheiro doutros homens, será belo tudo quanto de acordo com o semelhante fizer, todas as suas fraternidades necessárias e louváveis. Mas que será do tamanho e da qualidade da sua realização singular, da força da sua unidade, da posição que escolheu e da obra que realizou, que a consciência lhe perguntará dia a dia, minuto a minuto.
( publicado no princípio do ano que está para findar, mas perfeitamente actual. Revi o texto, nomeadamente onde falo da UGT)
DEMOCRACIA…(em sentido lato)
É no mínimo difícil e no máximo pretensioso, querer saber definir DEMOCRACIA. Quase tão difícil como CAMÕES dizia ser, definir o amor…Por esse mesmo motivo, falarei do que penso a este respeito, sem “afirmar “ outra coisa que não o que a experiência já me fez ver.
Etimologicamente, a palavra vem do Grego, da Antiguidade Clássica de há milhares de anos, quando se desenvolveram as sociedades de ESPARTA E ATENAS e tinha a ver com a ideia de que “o povo é quem deve governar”. Demagógico! Todos sabemos que as sociedades são constituídas por indivíduos, completamente diferentes uns dos outros e, por conseguinte, “cada cabeça, sua sentença”…Por outro lado, imperfeito como é, apesar de “feito à imagem e semelhança de Deus”, o homem tende a reverter em seu favor os ideais que podem gerar riqueza e poder. O sistema, portanto, nem em Esparta nem em Atenas, funcionava, senão para quem dele se servia e dele procurava tirar dividendos; assim tem sido, ao longo dos milhares de anos que formam já a Humanidade.
Democracia não pode ser anarquia nem ditadura. Hoje, até AHMADINEJAD, do Irão e ASSAD, da Síria,“sentem” ser democratas, para já não falar do Sudão ou do Zimbabué!
A este ponto da minha reflexão, vem-me à ideia o filósofo ROUSSEAU (1712-1778), inicialmente, um dos ENCICLOPEDISTAS franceses, a par de DIDEROT e MONTESQUIEU, que afirmava ser o Homem “ um bom selvagem”, tão naturalmente bom que a sociedade é que o corrompia! Isto está escrito no seu “O Contrato Social”, que, por acaso, estudei, graças ao amor pela democracia de um Professor da Faculdade de Letras, que tive a sorte de “apanhar” numa “cadeira “de opção. Devo dizer que isto é muito mais complexo…e que o filósofo Positivista JOHN LOCKE e IRVING KRISTOL se encarregaram de dizer OUTRAS verdades a respeito do Homem…
A ideia de DEMOKRATIA dos gregos, foi-se alterando de tal modo que hoje só entendemos o sentido mais lato da palavra. Hoje, século XXI da era cristã, nada é como dantes…se é verdade que a democracia alguma vez foi aquilo que nos ensinaram…melhor ainda, aquilo que a vida nos foi ensinando! Em Portugal, meu país, sei que não é!sei que está a ser cada vez menos…a passos cada vez mais largos…de um modo “anestesiante”, galopante e assustador, para um país que fez uma revolução em 1974, para se libertar de um SALAZAR ou um MARCELO CAETANO!
Todos os Estados, mesmo que governados por ditaduras, têm a mania de se auto-proclamarem “democráticos”! Alguns, deitam da boca para fora ideias de Igualdade (equidade, como agora dizem!), de respeito por todas as camadas populacionais e pelos mais desprotegidos…todos dizem de acordo “com a cartilha” que os cidadãos são iguais perante a Lei(?????????), independentemente de sexo, religião, etnia, raça ou cor política!
Paremos um pouco, amigos, para olhar o país em que vivemos, Outrora intitulado “um cantinho à beira-mar plantado”! Olhemos para o nosso país desde, PRINCIPALMENTE, guterres… sócrates…barroso…
Vejamos como passos coelho vai na senda dos anteriores depois de, na campanha eleitoral, ter afirmado que não queria o governo para “colocar” amigos em postos importantes, mas apenas governar o país para o tirar da crise!
As medidas tomadas por este homem são de tal modo gravosas que o povo está a deixar de existir, com entidade protagonista da vida do país e a ficar sem forças para reagir…As nomeações para altos cargos da vida do país estão a ser divididas entre os dois partidos da coligação tão desfaçatadamente, que custa a acreditar! O governo está a empobrecer as pessoas e as instituições de tal modo, que é impossível não nos envergonharmos por não reagirmos, tirando-nos a força de agir e a capacidade de SER!ou de SERMOS!
O governo não vê a miséria, não a quer ver, pois que outros têm que enriquecer! Desrespeita os representantes dos trabalhadores, vai às bolsas de cada um buscar, todos os dias de todas as semanas de todo o tempo desde que se “plantou “ nas chefias, os poucos tostões que ainda temos…E OS “CATROGAS” deste pobre país continuam a viver-fortunas…Os pobres e remediados continuam a ser cada vez mais pobres e menos remediados…Passos-portas-cavaco
continuam a troçar das instituições democráticas, sem que o meu povo abra os olhos , a boca e as mãos…não há “INTIFADA”… A UGT voltou aos tempos do submisso proença… passos ri do povo em pseudo discursos de natal, que só ele pode viver…o gás, a luz e a água voltam a subir , para engordar as contas das respectivas empresas… a “banca” está a enriquecer, escandalosamente…O FUTURO É NEGRO!NÃO ME CONFORMO!
NUNCA A DEMOCRACIA ESTEVE TÃO AMEAÇADA! Mas, se deixarmos, as coisas vão piorar…
Uma escrita virada para o Interior...Uma autora grandiosa, quase desconhecida, muito difícil. Pessoa ,ao pé dela, é-me fácil.Maria Gabriela é um mundo por descobrir. A VELA, no meu poema, é uma afirmação de luz, de "uma luz" que não me iluminou ainda; por isso, me considero uma " llansoniana"...Volto atrás, em cada uma das suas obras, sem ter "entrado" na mensagem... POEMA:
IN MEMORIAM Maria Gabriela Llansol
Velas acesas pela casa, reacendem o perfume dos suspiros da natureza, que entranha o pensamento da depressão da escrita. Pés de fonemas, endiabrados de odor, correm pelos jardins e elevam arbustos ao nível das flores-de-jasmim , no meio de estrofes aromáticas que tocam o centro da mística das palavras-mágicas.
(Vem sentar-te a meu lado, rosa rubra, a quem quero ensinar a escrever, sem papel nem livros, as pétalas vermelhas em que te embrulhas!)
(Aproxima-te, vela acesa, e lê os indícios simples das árvores ramosas apagadas pelas rochas da praia, numa onda de nebulosa espuma!)
(Abre-te, porta das sementes, para que consiga descobrir sinais das horas do semeador, que se exprimem através da luz perdida no teu ventre-palavra-suada, numa aragem de louvor.)
Perante a voz da Palavra-acesa está a luta que se trava, entre vírgulas, pontos e reticências, no campo de batalha da tua existência-vela-acesa.
*Penetram-me épocas idades do tempo claridades de amanhecer cintilações do crepúsculo faúlhas da lareira acesa-no- Atlântico-longe-a-permanecer*
Oh, desassossego! Não oiço essa escrita que, de árvore passa a pedra-pássaro, a figura geométrica do meu compasso de Espera…complexa e incómoda rede de labirintos ornamentais da voz-Palavra…voz de poesia-luz, no mistério de uma verdade inquieta.
Não te oiço, mulher-palavra-magia!
E vou viajando a “perder países” neste “sentir-sinta-quem-lê”, de um jardim-paisagem que me força a descer à Natureza-escrita da humildade, de mim-que- te- não-sei-Saber…
Resplandecerá Outro dia desta Noite, que é já Amanhã?
Flores vagas de uma grinalda de luz repousam sobre o piano, prisioneiro, ele também, da linguagem-tua, flor de sonata inquieta, aberta no fechado do raiar de um Novo Odor. …maturação desconhecida, é o silêncio das demais pessoas…o lápis , a luz-vela, o corredor, o vermelho romã de um madrigal-Amanhã… …um orgasmo de escrita rutila na santidade do poema…
…religião que não tenho---------- parede sem nível ---------- indecifrável-texto-antigo-------------- blasfémia do tema--------------------- fonema-colisão------------------------------------------------------------- …dádiva-corrosiva----------------------------------------------------------------------------------------------------
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro Novembro de 2013 (2 fotos)
Aquilino Ribeiro, o mestre esquecido Aquilino Ribeiro morreu há 50 anos. Dele dizem ser um mestre da língua portuguesa e um dos grandes prosadores do século XX, mas é hoje um escritor esquecido e fora de moda.
Valdemar Cruz 20:01 Segunda feira, 27 de maio de 2013 Aquilino Ribeiro, o mestre esquecido Foto da Livraria Bertrand 1 185 0 12 TEXTO A A Imprimir Enviar
Aquilino Ribeiro gostava das verdades duras como punhos. Se fosse vivo, e como nunca fora homem de mandar recados por ninguém, não teria por certo dúvidas em desdenhar o epíteto de "mestre" que hoje lhe atribui uma sociedade que não lê os seus livros, ignora a riqueza do vocabulário por ele introduzido nos seus romances, e há muito depositou a sua obra num muito reverenciado mausoléu.
Não é sina, nem destino. É algo que acontece, mesmo a grandes escritores como o foi Aquilino Ribeiro, cujo ex-líbris era desde logo uma afirmação de persistência e vontade: "alcança quem não cansa".
Se fosse vivo, o escritor teria agora 127 anos. O seu tempo já não é deste tempo, sobretudo quando se percebe que o facto de ter passado de moda tem a ver, não tanto com a qualidade da escrita ou a originalidade dos temas, mas sobretudo com a desvalorização da ruralidade num imaginário português que se quer atribuir a si próprio um estatuto cada vez mais urbano.
Desaparecido das estantes
Aquilino deixou de ser lido. As livrarias deixaram de o ter nas estantes. Os estudantes só com muito esforço conseguem aproximar-se do universo deste homem que soube como poucos conjugar a palavra liberdade. Fazia-o no modo como concebia o seu empenhamento cívico e político, ou na agudeza com que levava as suas personagens a contestarem o estabelecido, a questionarem os autoritarismos.
Aquilino Ribeiro nasceu a 13 de setembro de 1885 no concelho de Sernancelhe, freguesia de Carregal, e morreu a 27 de maio de 1963, num ano de muitas homenagens públicas a que com gosto assistia.
Após o 25 de abril de 1974 o povo de Soutosa, para onde Aquilino foi viver com dez anos de idade, e onde está agora a Casa Museu com o seu nome, viveu uma festa nunca antes vista. Muitos terão despertado ali para a circunstância de respirarem o mesmo ar que tantos anos fora respirado pelo génio que naquela altura se homenageava com a colocação de um busto.
Para trás ficava a história longa daquele que muitos especialistas continuam a considerar um dos maiores prosadores portugueses do século XX.
Sesenta e nove livros
Publicou em vida 69 livros distribuídos por áreas tão diversas como a ficção, jornalismo, crónica, memórias, ensaio, estudos de etnologia e história, biografias, crítica literária, teatro, literatura infantil, polémicas a que nunca se furtava e traduções (às vezes muito livremente recriadas) do latim, grego, espanhol (o D. Quixote, por exemplo), francês e italiano.
Com uma vida pessoal rica e intensa, Aquilino estudou no Liceu de Lamego, depois iniciou os estudos de filosofia em Viseu. A pedido da mãe foi para os seminário de Beja, mesmo se o que menos se lhe conhecia era vocação religiosa.
Acusado de bombista em 1907, devido à explosão em sua casa de uns caixotes de explosivos que levaram à morte de dois correligionários, acabou detido por fazer parte do Partido Republicano.
Não descansou enquanto não se evadiu da cadeia e encontrou refúgio em Paris. Depois de proclamada a República veio a Portugal, mas frequentara já na Sorbonne os cursos de Filosofia e Sociologia. Entretanto conhece Grete Teuidemann, com quem acaba por residir na Alemanha e de quem tem um primeiro filho.
Os exílios de Paris
Espírito sempre inquieto e avesso a ditaduras, vê-se de novo em fuga política e refugiado na Beira Alta, e depois de novo em Paris, devido às suas posições contra a ditadura militar que se instalara no país após o golpe de 1926.
Nestas andanças tem um período em que se esconde em Soutosa e depois fica viúvo. Sempre em revolta, sempre em contestação, conhece uma vez mais o exílio. Em Paris casa com Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado, presidente da República destituído com o golpe militar de 1926.
Enquanto vivia a vida, Aquilino escrevia e fazia-o como poucos. Da sua pena saíram obras magistrais, como "Quando os Lobos Uivam", "Via Sinuosa, "Tombo no Inferno", ou "O Arcanjo Negro", entre muitas outras.
O escritor morreu há meio século. Há uma eternidade na sua obra, que as momentâneas vivências ou exigências do atual quotidiano têm feito esquecer.
Nada a que não consiga resistir o trabalho de um homem que se assumia como uma força da natureza, e para quem a natureza era o palco maior da vida que em cada instante imaginava e reconstruía.
A luz do teu olhar, Funde meu corpo em sonho, em lágrima e luar! Teu divino sorriso É voz de anjo a mandar-me entrar no Paraíso... Teu sorriso que lembra a doce aurora, Minhas lágrimas tristes evapora E nos teus olhos fica a tua imagem bela... Assim o fresco orvalho matutino Onde encantado vive o sol menino, Deixa nas brancas rosas uma estrela...
Ao descobrir-te, flor, Todo me exalto e elevo em cânticos de amor, Perco-me na amplidão... Sou asa entontecida, aroma, comoção, Se me tocam, de leve, Os teus olhos de chama e as tuas mãos de neve!
Sou como gota de água, Que, sob o teu olhar, se esvai em clara mágoa; E em neve cristaliza, Quando a beija, no outono, um teu suspiro, - a brisa.
Todo o meu ser palpita, Chora, canta, dá luz, soluça e grita; É oração, queixume, Relâmpago, nevoeiro, onda do mar, perfume, Quando da tua face Alegre rosa nasce.
E de ti se desprende o encanto da manhã Que é a tua sombra mística e pagã; Quando teu corpo, flor, aos ventos estremece."
Adormeci no cansaço descansado de teus olhos brilhantes de prazer… Sono repousado…ansioso por acordar aos acordes de tuas mãos, dedilhando o meu fragor!
A sensual passagem do amor pelas horas dos meus minutos, a viver, permanece no espaço onde vivemos, a morrer…
Das pontas de teus dedos desprendem-se os elementos da vida: a Terra, que desbravaste… o Fogo com que o fizeste…a Água que transpiraste… …todo o Ar que respiraste…
Há em meu corpo um bosque onde te perdeste ao encontrar-me… Em teu cabelo, há avenidas traçadas por minhas mãos, excitadas… Passeio, sensual, pelo teu suor viril…
O amor não tem idade precisa! Como as pedras brutas do Planeta, espera por ser perfeito, trabalhado com sageza. Entrego-me em tuas mãos, escultor dos meus defeitos vitais, esperando que os aperfeiçoes um pouco mais…
Um raio incandescente continua a incendiar a pérola vulvar que abriu a concha, ao nadar… Pelo instinto, segue o odor doce da cereja na frescura de pêssego do exotismo das nozes maduras, que ostento…
Se abres a boca, Amor, sou chocolate desfeito, perdido nos teus sentidos… E vivo a nossa vitalidade… …a que vem do nosso Dentro… …a que nos leva ao Fora…ao Momento!
Se eu fosse pintor, passava a minha vida a pintar o pôr-do-sol à beira-mar. Fazia cem telas, todas variadas, com tintas novas e imprevistas. É um espectáculo extraordinário. Há-os em farfalhos, com largas pinceladas verdes. Há-os trágicos, quando as nuvens tomam todo o horizonte mm um ar de ameaça, e outros doirados e verdes, com o crescente fino da Lua no alto e do lado oposto a montanha enegrecida e compacta. Tardes violetas, oeste ar tão carregado de salitre que toma a boca pegajosa e amarga, e o mar violeta e doirado a molhar a areia e os alicerces dos velhos fortes abandonados...
Um poente desgrenhado, com nuvens negras lá no fundo, e uma luz sinistra. Ventania. Estratos monstruosos correm do forte. Sobre o mar fica um laivo esquecido que bóia nas águas – e não quer morrer...
Há na areia uns charcos onde se reflecte o universo – o céu, a luz, o poente. Não bolem e a luz demora-se aí até ao anoitecer. E como o poente é oiro fundido sobre o mar inteiramente verde, que a noite vai empolgar não tarda, os charcos, entre a areia húmida e escura, teimam em guardar a luz concentrada e esquecida.
Em todo o dia, o mar não se viu nitidamente. Névoa esbranquiçada, grandes rolos de poeira e sol misturados, água de que se exala um hálito verde envolvido nas ondas. Por fim, o Sol desceu e um nevoeiro imprevisto entranhou poalha de oiro no mar esverdeado, fantasmagoria e sonho nesta frescura extraordinária. (…)
Esta tarde, o Sol põe-se sobre uma barra e aparece deformado, entre grandes manchas de nuvens acobreadas. Some-se, e ressurge por fim como um grande balão de fogo num oceano revolto, até que entra numa grande nuvem espessa com interstícios de fogo e explode, iluminando o espaço e a água cor de chumbo.
Este faz sobressaltar e sonhar. Três horas da tarde. Céu limpo, mar manso, e sobre o mar uma chapada de prata, sobre o verde, mil escamas a cintilar, que brilham, luzem e tornam a reluzir. O Sol desce pouco e pouco, majestoso e sereno, no céu todo doirado e a luz forma uma estrada que liga o areal ao infinito, uma estrada larga, de oiro vivo, que começa a meus pés, na espuma ensanguentada, e chega ao Sol. Ó meu amor, não acredites na vida mesquinha, não duvides: dá-me a tua mão e vamos partir por essa estrada fora direitos ao céu!
Sporting, FC Porto e Benfica vão entrar em 2014 empatados, com os mesmos 33 pontos. Na 14ª jornada, os 'dragões' e as 'águias' venceram, enquanto os 'leões' empataram a zero bolas (Desporto) Três grandes entram em 2014 empatados cmtv.sapo.pt