"Teologia - História Livre
As Profecias de Daniel
|
Marcos Emílio Ekman Faber
|
As Profecias de Daniel
O Livro de Daniel pode ser chamado de o Apocalipse do Antigo Testamento tamanho é o número de revelações sobre os tempos do fim, nenhum outro livro veterotestamentário escreve tanto sobre os tempos finais. É este livro que dá suporte a compreensão de muitas profecias do livro de Apocalipse. A seguir estão seis das grandes profecias de Daniel sobre os reinos da Terra e a vinda do anticristo, assim como o Reino final e eterno de Jesus Cristo.
A imagem do sonho de Nabucodonosor
Daniel 2:1-49
No sonho do rei da Babilônia, Nabucodonosor vê uma grande estátua. A cabeça da estátua era de ouro, os braços e o peito de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro e os pés de ferro e barro. Uma grande pedra é cortada sem auxilio de mãos, esta pedra choca-se com a estátua e a destrói. A pedra transforma-se numa grande montanha que cobre toda a Terra.
Daniel explica ao rei que cada parte da estátua é a representação de um reino, sendo a cabeça de ouro o reino da Babilônia, mas que todos os reinos que se sucederão irão passar e o último reino, o da grande pedra, irá ficar para sempre.
Os reinos do sonho de Nabucodonosor são: A cabeça de ouro o reino da Babilônia do próprio Nabucodonosor; o peito e os braços de prata são o reino da Pérsia; o ventre e os quadris de bronze são o reino Greco-Macedônico fundado por Alexandre Magno; o reino de ferro é o reino de Roma; e o último reino representado na estátua é o reino dos tempos do fim, um reino que mescla o poderio romano, porém que não é puro, pois representa a união de diversos reinos.
O escritor Arno Froese, no livro Como a Democracia Elegerá o Anticristo, afirma que este último reino será formado com a unificação da Europa, através da União Européia, e Roma estará representada pela força política e ideológica da Igreja Católica Apostólica Romana. Como as nações continuarão a ter sua autonomia, mas farão parte de um grande reino unificado, é preciso lembrar que estes reinos forjarão alianças entre si, como de fato já está acontecendo. É bom lembrar, também, que todo código de Leis do mundo contemporâneo é baseado no código de Leis romano organizado pelo imperador romano Justiniano, mais um ingrediente que garante a presença romana neste reino. É este poderoso reino, forjado da unificação de 10 poderosas nações, que lançará as bases que sustentarão o governo do anticristo.
Há outra interpretação que afirma que o G-8, grupo das sete mais ricas e industrializadas nações (EUA, Canadá, Japão, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália) mais a Rússia, chegarão ao número de 10 nações que representariam os 10 chifres.
Porém, o mais importante é que este último reino será destruído por Jesus, que criará um reino justo e eterno e que jamais poderá ser destruído.
A visão dos quatro animais e o Ancião de Deus
Daniel 7:1-28
Daniel escreve sobre seu sonho onde viu 4 animais que saíam do mar.
O primeiro era um leão com asas de águia, porém lhe foram arrancadas às asas e ele foi colocado de pé e lhe foi dado mente de homem. É uma referência a Nabucodonosor que perdeu o reino, ficou louco e teve que se humilhar e reconhecer sua fraqueza.
O segundo animal era um urso que tinha 3 costelas na boca, lhe foi ordenado que saísse a comer carne. As três costelas representam uma presa que o Urso já havia devorado anteriormente, mas que não saciou seu apetite. É a representação do reino Medo-Pérsa.
O terceiro animal era semelhante a um leopardo com 4 cabeças e 4 asas a este foi dado domínio. Ter 4 cabeças significa que este animal estava olhando em todas as direções a procura de novas caças, o que sugere um império em constante busca por expansão territorial. É o reino Greco-Macedônico formado por Alexandre Magno e que depois foi dividido por seus 4 generais.
O quarto animal era terrível e muito forte, tinha 10 chifres, pisava e devorava a todos o que sobejava. Seria o Império de Roma. Com a queda de Roma, outro reino toma seu lugar, o reino dos 10. Os chifres representam 10 reinos e podem representar seu grande poderio militar. O chifre que ao surgir derruba três outros chifre, tem olhos e boca de homem, sugere o reino do anticristo.
Até que entra em cena o Ancião de dias que se assenta num tribunal, mata ao animal dos chifres e retira o poder dos outros animais, porém lhe conservando as vidas.
Aproximou-se do Ancião um como o Filho do Homem, que recebeu o domínio, e a glória, e o reino sobre todas as nações, o seu domínio é eterno e não poderá ser destruído. Este é o reino de Jesus Cristo que será eterno.
O carneiro, o bode e o pequeno chifre
Daniel 8:1-27
Nesta profecia, Daniel tem uma visão de um carneiro com dois chifres, porém um é maior do que o outro. O carneiro dava marradas para o Ocidente, para o Norte e para o Sul e nenhum animal o podia resistir. Então Daniel vê um bode que vem do Ocidente, o bode tinha um grande chifre entre os olhos. Ao chegar perto do carneiro, o bode quebrou os dois chifres do carneiro e o venceu. O bode engrandeceu-se sobremaneira e ninguém o podia vencer, mas quebrou-se o seu chifre, e em seu lugar nasceram outros quatro chifres, de um destes chifres nasceu um pequeno chifre que cresceu até chegar ao exército dos céus, teve o domínio sobre os exércitos e tudo que fez prosperou. Engrandeceu-se até ao “príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo”. (v. 11).
Daniel ouve uma conversa entre santos que perguntam até quando durará toda aquela profanação. “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (v. 14) é a resposta.
Então, Gabriel é enviado a Daniel para explicar-lhe a visão que tinha visto.
O carneiro com 2 chifres é o reino da Medo-Pérsia e o bode é o rei da Grécia e o chifre entre os olhos é o primeiro rei,ou seja, Alexandre Magno. O grande chifre é destruído prematuramente, Alexandre morre aos 33 anos tendo construído um grande império e reinado por somente por 11 anos. Nascem 4 chifres em seu lugar, o reino de Alexandre foi dividido entre seus 4 generais. Mas se levantará um rei feroz muito poderoso, causará muitas destruições,destruirá os poderosos e o povo santo, fará prosperar o engano, mas este rei será destruído sem uso de força humana. Alguns comentaristas afirmam que o rei em questão era Antíoco IV, que em seu reino agiu desta forma, mas creio que seja uma profecia com relação ao reino do anticristo. O anticristo será vencido sem que haja necessidade de força humana, pois Deus irá vencer o anticristo na batalha do Armagedom.
As setenta semanas
Daniel 9:20-27
A profecia das 70 semanas é revelada a Daniel por Gabriel. Gabriel, enviado de Deus, relada a Daniel que as 70 semanas representam o tempo até que a transgressão e o pecado cessarão, para selar a vitória e a profecia e para ungir o santo dos santos.
Desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, Jesus Cristo, serão 7 semanas e 62 semanas. O Ungido será morto após as 62 semanas.
Ou seja, o tempo do cativeiro irá durar 7 semanas (um dia da semana contando como um ano,portanto o cativeiro durará 70 anos, como de fato ocorreu). Haverá a reconstrução de Jerusalém e após 62 semanas nascerá o Ungido, Jesus Cristo, totalizando 69 semanas. A crucificação e a ressurreição de Jesus cessaram a contagem das semanas, criando um hiato de tempo, o tempo da Igreja. A última semana ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Com o governo do anticristo que durará 7 anos. Na metade da semana irá cessar os sacrifícios no Templo, o que sugere a reconstrução do templo em Jerusalém e a retomada dos sacrifícios. Após as 70 semanas Deus vencerá o anticristo e julgará a humanidade. Iniciando-se o Reino Milenar de Cristo.
Os reis do Norte e do Sul
Daniel 11:1-45
Confesso que tive muita dificuldade em compreender a totalidade deste capítulo e resisti muito em colocá-lo neste trabalho, mas Deus me constrangeu a tentar.
Dividi a análise em duas partes:
Primeira Parte: Versículos 1-20
O versículo 2 relata o reino da Pérsia e sua luta contra a Grécia. A partir do versículo 3, é relatado o reino da Grécia, iniciando com o reino de Alexandre Magno e depois com os 4 reis que assumem seu lugar e dividem o império (vv. 3 e 4). Depois é descrito o reino do Sul, que ao que parece é o Egito (v. 8), que luta contra o reino do Norte, provavelmente Roma ou Síria. Após, Daniel relata batalhas entre estes reinos do Norte e do Sul, onde o Norte vencerá, o que me faz acreditar que o Reino do Norte é Roma e não a Síria.
Segunda Parte: Versículos 21-45
A partir do versículo 21 é descrito um rei vil, que tomará o trono através de intrigas, ele fará alianças com outros reinos e governará pelo engano. Este rei atacará e subjugará os reinos do Sul. “Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora. Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo. Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo.” (vv. 31-33). Este, ao que parece, é o reino de Antíoco IV, como ocorrera no capítulo 8, mas creio que seja uma alusão ao reino do anticristo. A descrição dada ao vil e corrupto rei é compatível com o reino do anticristo, que perseguirá ao remanescente do povo de Deus e profanará o Templo.
O Tempo do fim
Daniel 12:1-13
Daniel escreve sobre os tempos do fim.
Na profecia, Miguel, o grande príncipe, se levantará. Haverá angústia como nunca antes, mas naquele tempo serão salvos todos que estão escritos no Livro da Vida. Os que já morreram ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para a condenação.
Deus diz a Daniel que o livro deve ser encerrado e selado, e que no futuro o livro será estudado e esquadrinhado e o conhecimento se multiplicará. Mas o tempo que a profecia se realizará fica em mistério. “Quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas cousas todas se cumprirão.” (12:7b).
Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão.” (12:10).
Conclusão
O livro de Daniel é uma grande demonstração da soberania de Deus e de Seu controle total e absoluto sobre a História da humanidade. Nada acontece sem a permissão e o conhecimento de Deus. Ao revelar os reinos seqüentes aos da época de Daniel, Deus está nos dando uma confirmação de que Suas profecias serão cumpridas. Uma vez crendo e entendendo o livro de Daniel, podemos ter certeza de que as predições do livro de Apocalipse se cumprirão, assim como toda a Palavra do Senhor, pois Deus nos diz: “Porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jeremias 1:12). Nada escapa ao controle soberano de Deus.
Bibliografia
Bíblia Sagrada, traduzida em português por João Ferreira de Almeida, edição Revista e Atualizada no Brasil. 2ª. edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova / Mundo Cristão, 1991.
FROESE, Arno. Como a Democracia Elegerá o Anticristo. Porto Alegre: Editora Actual, 1999.
O Livro de Daniel pode ser chamado de o Apocalipse do Antigo Testamento tamanho é o número de revelações sobre os tempos do fim, nenhum outro livro veterotestamentário escreve tanto sobre os tempos finais. É este livro que dá suporte a compreensão de muitas profecias do livro de Apocalipse. A seguir estão seis das grandes profecias de Daniel sobre os reinos da Terra e a vinda do anticristo, assim como o Reino final e eterno de Jesus Cristo.
A imagem do sonho de Nabucodonosor
Daniel 2:1-49
No sonho do rei da Babilônia, Nabucodonosor vê uma grande estátua. A cabeça da estátua era de ouro, os braços e o peito de prata, o ventre e os quadris de bronze, as pernas de ferro e os pés de ferro e barro. Uma grande pedra é cortada sem auxilio de mãos, esta pedra choca-se com a estátua e a destrói. A pedra transforma-se numa grande montanha que cobre toda a Terra.
Daniel explica ao rei que cada parte da estátua é a representação de um reino, sendo a cabeça de ouro o reino da Babilônia, mas que todos os reinos que se sucederão irão passar e o último reino, o da grande pedra, irá ficar para sempre.
Os reinos do sonho de Nabucodonosor são: A cabeça de ouro o reino da Babilônia do próprio Nabucodonosor; o peito e os braços de prata são o reino da Pérsia; o ventre e os quadris de bronze são o reino Greco-Macedônico fundado por Alexandre Magno; o reino de ferro é o reino de Roma; e o último reino representado na estátua é o reino dos tempos do fim, um reino que mescla o poderio romano, porém que não é puro, pois representa a união de diversos reinos.
O escritor Arno Froese, no livro Como a Democracia Elegerá o Anticristo, afirma que este último reino será formado com a unificação da Europa, através da União Européia, e Roma estará representada pela força política e ideológica da Igreja Católica Apostólica Romana. Como as nações continuarão a ter sua autonomia, mas farão parte de um grande reino unificado, é preciso lembrar que estes reinos forjarão alianças entre si, como de fato já está acontecendo. É bom lembrar, também, que todo código de Leis do mundo contemporâneo é baseado no código de Leis romano organizado pelo imperador romano Justiniano, mais um ingrediente que garante a presença romana neste reino. É este poderoso reino, forjado da unificação de 10 poderosas nações, que lançará as bases que sustentarão o governo do anticristo.
Há outra interpretação que afirma que o G-8, grupo das sete mais ricas e industrializadas nações (EUA, Canadá, Japão, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália) mais a Rússia, chegarão ao número de 10 nações que representariam os 10 chifres.
Porém, o mais importante é que este último reino será destruído por Jesus, que criará um reino justo e eterno e que jamais poderá ser destruído.
A visão dos quatro animais e o Ancião de Deus
Daniel 7:1-28
Daniel escreve sobre seu sonho onde viu 4 animais que saíam do mar.
O primeiro era um leão com asas de águia, porém lhe foram arrancadas às asas e ele foi colocado de pé e lhe foi dado mente de homem. É uma referência a Nabucodonosor que perdeu o reino, ficou louco e teve que se humilhar e reconhecer sua fraqueza.
O segundo animal era um urso que tinha 3 costelas na boca, lhe foi ordenado que saísse a comer carne. As três costelas representam uma presa que o Urso já havia devorado anteriormente, mas que não saciou seu apetite. É a representação do reino Medo-Pérsa.
O terceiro animal era semelhante a um leopardo com 4 cabeças e 4 asas a este foi dado domínio. Ter 4 cabeças significa que este animal estava olhando em todas as direções a procura de novas caças, o que sugere um império em constante busca por expansão territorial. É o reino Greco-Macedônico formado por Alexandre Magno e que depois foi dividido por seus 4 generais.
O quarto animal era terrível e muito forte, tinha 10 chifres, pisava e devorava a todos o que sobejava. Seria o Império de Roma. Com a queda de Roma, outro reino toma seu lugar, o reino dos 10. Os chifres representam 10 reinos e podem representar seu grande poderio militar. O chifre que ao surgir derruba três outros chifre, tem olhos e boca de homem, sugere o reino do anticristo.
Até que entra em cena o Ancião de dias que se assenta num tribunal, mata ao animal dos chifres e retira o poder dos outros animais, porém lhe conservando as vidas.
Aproximou-se do Ancião um como o Filho do Homem, que recebeu o domínio, e a glória, e o reino sobre todas as nações, o seu domínio é eterno e não poderá ser destruído. Este é o reino de Jesus Cristo que será eterno.
O carneiro, o bode e o pequeno chifre
Daniel 8:1-27
Nesta profecia, Daniel tem uma visão de um carneiro com dois chifres, porém um é maior do que o outro. O carneiro dava marradas para o Ocidente, para o Norte e para o Sul e nenhum animal o podia resistir. Então Daniel vê um bode que vem do Ocidente, o bode tinha um grande chifre entre os olhos. Ao chegar perto do carneiro, o bode quebrou os dois chifres do carneiro e o venceu. O bode engrandeceu-se sobremaneira e ninguém o podia vencer, mas quebrou-se o seu chifre, e em seu lugar nasceram outros quatro chifres, de um destes chifres nasceu um pequeno chifre que cresceu até chegar ao exército dos céus, teve o domínio sobre os exércitos e tudo que fez prosperou. Engrandeceu-se até ao “príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo”. (v. 11).
Daniel ouve uma conversa entre santos que perguntam até quando durará toda aquela profanação. “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (v. 14) é a resposta.
Então, Gabriel é enviado a Daniel para explicar-lhe a visão que tinha visto.
O carneiro com 2 chifres é o reino da Medo-Pérsia e o bode é o rei da Grécia e o chifre entre os olhos é o primeiro rei,ou seja, Alexandre Magno. O grande chifre é destruído prematuramente, Alexandre morre aos 33 anos tendo construído um grande império e reinado por somente por 11 anos. Nascem 4 chifres em seu lugar, o reino de Alexandre foi dividido entre seus 4 generais. Mas se levantará um rei feroz muito poderoso, causará muitas destruições,destruirá os poderosos e o povo santo, fará prosperar o engano, mas este rei será destruído sem uso de força humana. Alguns comentaristas afirmam que o rei em questão era Antíoco IV, que em seu reino agiu desta forma, mas creio que seja uma profecia com relação ao reino do anticristo. O anticristo será vencido sem que haja necessidade de força humana, pois Deus irá vencer o anticristo na batalha do Armagedom.
As setenta semanas
Daniel 9:20-27
A profecia das 70 semanas é revelada a Daniel por Gabriel. Gabriel, enviado de Deus, relada a Daniel que as 70 semanas representam o tempo até que a transgressão e o pecado cessarão, para selar a vitória e a profecia e para ungir o santo dos santos.
Desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Ungido, Jesus Cristo, serão 7 semanas e 62 semanas. O Ungido será morto após as 62 semanas.
Ou seja, o tempo do cativeiro irá durar 7 semanas (um dia da semana contando como um ano,portanto o cativeiro durará 70 anos, como de fato ocorreu). Haverá a reconstrução de Jerusalém e após 62 semanas nascerá o Ungido, Jesus Cristo, totalizando 69 semanas. A crucificação e a ressurreição de Jesus cessaram a contagem das semanas, criando um hiato de tempo, o tempo da Igreja. A última semana ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Com o governo do anticristo que durará 7 anos. Na metade da semana irá cessar os sacrifícios no Templo, o que sugere a reconstrução do templo em Jerusalém e a retomada dos sacrifícios. Após as 70 semanas Deus vencerá o anticristo e julgará a humanidade. Iniciando-se o Reino Milenar de Cristo.
Os reis do Norte e do Sul
Daniel 11:1-45
Confesso que tive muita dificuldade em compreender a totalidade deste capítulo e resisti muito em colocá-lo neste trabalho, mas Deus me constrangeu a tentar.
Dividi a análise em duas partes:
Primeira Parte: Versículos 1-20
O versículo 2 relata o reino da Pérsia e sua luta contra a Grécia. A partir do versículo 3, é relatado o reino da Grécia, iniciando com o reino de Alexandre Magno e depois com os 4 reis que assumem seu lugar e dividem o império (vv. 3 e 4). Depois é descrito o reino do Sul, que ao que parece é o Egito (v. 8), que luta contra o reino do Norte, provavelmente Roma ou Síria. Após, Daniel relata batalhas entre estes reinos do Norte e do Sul, onde o Norte vencerá, o que me faz acreditar que o Reino do Norte é Roma e não a Síria.
Segunda Parte: Versículos 21-45
A partir do versículo 21 é descrito um rei vil, que tomará o trono através de intrigas, ele fará alianças com outros reinos e governará pelo engano. Este rei atacará e subjugará os reinos do Sul. “Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora. Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo. Os sábios entre o povo ensinarão a muitos; todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por algum tempo.” (vv. 31-33). Este, ao que parece, é o reino de Antíoco IV, como ocorrera no capítulo 8, mas creio que seja uma alusão ao reino do anticristo. A descrição dada ao vil e corrupto rei é compatível com o reino do anticristo, que perseguirá ao remanescente do povo de Deus e profanará o Templo.
O Tempo do fim
Daniel 12:1-13
Daniel escreve sobre os tempos do fim.
Na profecia, Miguel, o grande príncipe, se levantará. Haverá angústia como nunca antes, mas naquele tempo serão salvos todos que estão escritos no Livro da Vida. Os que já morreram ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para a condenação.
Deus diz a Daniel que o livro deve ser encerrado e selado, e que no futuro o livro será estudado e esquadrinhado e o conhecimento se multiplicará. Mas o tempo que a profecia se realizará fica em mistério. “Quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas cousas todas se cumprirão.” (12:7b).
Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão.” (12:10).
Conclusão
O livro de Daniel é uma grande demonstração da soberania de Deus e de Seu controle total e absoluto sobre a História da humanidade. Nada acontece sem a permissão e o conhecimento de Deus. Ao revelar os reinos seqüentes aos da época de Daniel, Deus está nos dando uma confirmação de que Suas profecias serão cumpridas. Uma vez crendo e entendendo o livro de Daniel, podemos ter certeza de que as predições do livro de Apocalipse se cumprirão, assim como toda a Palavra do Senhor, pois Deus nos diz: “Porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jeremias 1:12). Nada escapa ao controle soberano de Deus.
Bibliografia
Bíblia Sagrada, traduzida em português por João Ferreira de Almeida, edição Revista e Atualizada no Brasil. 2ª. edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
BALDWIN, Joyce G. Daniel: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova / Mundo Cristão, 1991.
FROESE, Arno. Como a Democracia Elegerá o Anticristo. Porto Alegre: Editora Actual, 1999.
Sem comentários:
Enviar um comentário