AO ANOITECER…
É uma hora de acalmia. Não se ouvem carros, motos ou outros
ruídos, o que lembra a todos e a cada um de nós, que a hora de todos os
descansos está por aí.
É um momento em que, querendo-o, podemos reflectir sobre o
dia que já se escondeu.
Deste dia , retenho imagens de um primeiro-ministro com um
discurso serôdio, com palavras de um paternalismo salazarento e falso como “judas”,
a mostrar, cada vez mais, ser um indigno sucessor de Sá Carneiro. Recordo ,
desse homem, a Ética, que defendeu até às horas em que “se foi”; seria o mesmo
depois de estar no governo de Portugal, por mais uns anos? Nunca o saberemos.
Sabemos, isso sim, que todos os meios de comunicação
referiram, hoje, até à exaustão, que no próximo ano cada português pagará mais
de 700 Euros de impostos, em contra corrente com as palavras de passos coelho
que, mais uma vez, ao longo deste dia “gozou” , à “fartazana”! com os
portugueses dizendo , asseverando-o! que o povo não pode pagar mais impostos ,
porque já não tem possibilidades de o fazer e que , por isso, não serão
aumentados os impostos!
Voltou a referir-se à”união nacional”; estou convicta de que
este homem não tem a consciência do que diz, não saiu da escola a saber
interpretar um texto e , por isso, derrapa nas palavras, constantemente,
sem se preocupar com as “quedas” que vai
dando, acobertadas por uma Exa parda que lhe vai sancionando a loucura , porque
não quer “trabalhos”.
Disse, hoje, com desassombro, que não vai virar as costas ao
país que tanto dele precisa! Na verdade, o homem percebe tudo ao contrário…O
país odeia-o! O país odeia tudo o que ele representa de ditatorialismo, de
prepotência e de miséria! O país já lhe virou as costas há tanto, que ele
prefere fingir em vez de reconhecer a verdade.
Ontem, na “Festa do bodo”, em Pombal, o homem esteve nas
suas “sete quintas” e falou sem dizer nada, de tal maneira que cheirou mal. As
tiras negras que muitos comerciantes puseram nas portas dos estabelecimentos,
eram sábia e oportunamente retiradas pelos acólitos. E quando as vozes do povo
descontente se levantavam, a filarmónica começava a tocar com toda a “genica”
para não deixar perturbar a grande-pequena-triste-insignificante personalidade!
Assim, foi fácil mostrar uma imagem que nós, povo, felizmente sabemos ser de
barro -que-quebra-se-quisermos!
E a verdade é que
queremos que “eles” se afundem no inferno das mentiras e da hipocrisia!
Boa noite, amigos(as)!
Mealhada, 29 de Julho de 2013
Maria Elisa Ribeiro
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