quinta-feira, 18 de julho de 2013

POEMA: ..........AI, AMA.......

Poema inédito: 




"……………AI, AMA……………"




Tudo se ia movendo,
………………enquanto nos dedos fomos espremendo o ar que ia passando…………………..

Tudo-foi-andando com o tempo-a-voar, nos enganos que fomos-sendo.

Na noite, levantam-se margens abruptas a suster as gotas
de suor-lágrimas das nossas inconfessáveis confissões .
Seres descalços no Nu do Tudo-feito-Nada,
sorrimos a este mundo Presente-num -Agora onde o Passado,
…………………………………………………………………….sem o sabermos,
…………………………………………………………………….foi projectando um Depois………………..

O circo-vida envolveu-nos em salpicos de nevoeiro.

Eu, criança-murmúrio-abafado na corrida para a alegria,
esqueci os aplausos de excitação da magia e procurei ouvir
…………………………………………………………uma rota-de-escuta-de-rumos-transversais .

No corpo dos dedos, tenho um fervor de palavras
pronto a actuar no cenário das tuas mãos, engasgadas de mensagens …
….quase a escalar montanhas de saudades em-mim-alojadas,
…sempre receosas de Lá não chegarem …………………………………………………………………

Um espelho baço…uma fenda na parede-de-MIM,
não previu a névoa ,que podia ter um fim .

Veio logo a Primavera …escorreita e saltitante,
instalar-se no leito das
borboletas, num canto do meu jardim…

(Ai, Ama, será que ‘inda estou em mim?)

Pulsa-me, nos lábios, uma dor que ‘inda não teve fim…
Caminha-me nas palavras
a actuar no profundo azul do sonhar, ess’outra part’a-viver……………………………………….

(-Ai, Ama, que circo me levaste a ver?)

Tudo vai-indo…
em baforadas do Momento-nas-brisas-do-vento-Ter-Sido……………………………………….
Tudo se Foi e se Vai…

ERA UMA VEZ…

(-“ Ai, Ama…como era, dessa vez?)


Maria Elisa Rodrigues Ribeiro

REG: (VDS)-FEV/013-(76)

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