terça-feira, 25 de janeiro de 2011

POEMA: ALMA PEREGRINA...


Fotos google



“ALMA PEREGRINA…”


Vermelho ofuscante: é a cor do Astro-Rei
Que cai por detrás das rochas erectas
Do deserto traiçoeiro onde o Ocaso
É deslumbre passageiro…

Dunas distantes de areias planas
Na viagem do caminheiro,
São natural abrigo da vida que a noite desértica
Esconde, na tenda do beduíno,
Abrigada do frio da noite…

Minh’alma peregrina descansa,
Acarinhada pelo deleite da seda amistosa
Em que poiso a face, curiosa…

( Silêncio fulcral!
Paz ímpar no areal…)

E sonho guerreiros destemidos, aparando os vendavais…
Traiçoeiros elementos nesta paz, sem igual!

Noite gélida!
Areia molhada vidrada endurecida
Por um orvalho anormal…
Cavalos possantes gemem baixinho
Dando à vida o ar de um momento especial…

Estrelas cintilantes dançam no céu do deserto,
Num desvanecer atento ao frio fragor do orvalho!

Os meus sentidos vivos vibram
Ao som de um rubro imaginar…
O contacto dos pés com a alma fria do sentir,
Deixa-me ver que a vida está a SOFRER!

Momento mágico!
-diferente do desfecho trágico
Do REI de Álcacer-Quibir…

Tempos tão idos, vindos ao meu encontro!

É o chegar de desfechos inesperados
Na memória daquela outra história que atingiu
Antepassados, presentes, vivos, desabridos, descontentes!
OUTRAS GENTES…

Do outro lado do Mundo,
Toda a vida, num segundo, desperta,
Numa floresta…

(Viajo depressa no Tempo, cavalo da minh’ilusão!)

Galgo montanhas tamanhas altivas
Que fazem recear o amanhecer…

Poiso, por fim, perto do ninho da águia,
Atenta astuta sábia
Que entende o meu “acontecer”…

(MAGIA-NA-VIGIA-DO-MEU NOVO DIA!...)




C7G -3/25 – NOV/09

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