sábado, 13 de fevereiro de 2016



ORÇAMENTO 2016
Manuela Ferreira Leite: “Receita da Europa é uma teimosia que só Schäuble defende”
12/2/2016, 0:151.582 PARTILHAS


A ex-líder do PSD criticou esta quinta-feira as declarações de Wolfgang Schäuble sobre Portugal, afirmando que a receita da Europa "tem dado maus resultados" e é "uma teimosia" que só ele defende.
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A ex-líder do PSD pediu ainda aos que mais têm criticado o Governo que se foquem nos "aspetos fundamentais", por forma a resolver os problemas do país

Rui Oliveira

Autor
Observador
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MANUELA FERREIRA LEITE
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UNIÃO EUROPEIA
WOLFGANG


A ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, apontou críticas esta quinta-feira às declarações do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, no seu comentário semanal na TVI24. Para Ferreira Leite, “já quase ninguém tem” a posição de Schäuble, de defender uma política que “consiste em atingir um défice orçamental à custa de tudo aquilo que for necessário” e que “tem tido maus resultados”.


Parece que [Schauble] está muito satisfeito com a situação da Europa, com a situação social, com o desemprego, com o crescimento económico. Defender que isto é que é a receita da Europa (…) é uma teimosia que acho que já só ele é que defende”, concluiu.


A ex-líder do PSD desvalorizou ainda os efeitos do Orçamento português na subida dos juros da dívida portuguesa, dizendo não acreditar “que os mercados financeiros se possam assustar com o orçamento do governo português, que tem um peso na União Europeia que todos sabemos qual é [pequeno]”. E deixou uma indireta à oposição e aos que mais veementemente têm criticado o governo:


É mau as pessoas estarem focadas apenas no Orçamento, criticar um governo português, seja ele qual for, em vez de estarem focadas naquilo que são provavelmente os aspetos fundamentais, porque se não [estiverem] não se resolvem os problemas”, disse.

Mas a ex-ministra não deixou de fazer uma nota sobre o Orçamento para 2016: está muito dependente da economia e do crescimento económico, e consequentemente do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, que “vai ter que dar condições para que o crescimento da economia seja aquele que está no Orçamento”.

“É um Orçamento que evidentemente tem riscos”, concordou a ex-líder do PSD. Mas o mais problemático, defendeu, não será o deste ano, mas o de 2017, já que “muitas das medidas — ou algumas das medidas — que estão a ser tomadas vão ter um impacto orçamental no próximo ano, e não neste”.

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