sexta-feira, 18 de abril de 2014

Poema meu (OBa REGª)








BREVES







A estranha mão do poema folheia-me a vida.




Que sabem meus versos da alma ferida?

Como podem saber das dobras de teu corpo adormecido?




Nas nuvens e no vento a música brilha no ventre

das pautas cinzentas, dormentes…




Canais repletos de água triste

murmuram à hora crepuscular, das margens onde descansaste.




Pelo chão, as árvores estendem a colcha

das suas copas lunares, que as estrofes do meu poema

enrugarão, assim que as tocares...




A noite abre-se.

…e inquietas, as flores fechadas

ejaculam sílabas dos excitados poemas

da intensidade dos nossos infindos temas..







Maria Elisa Ribeiro

ABRIL/014



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