quarta-feira, 30 de abril de 2014

De José Franco, in Net, sobre o filósofo português Eduardo Lourenço(1923- )








Sobre Eduardo Lourenço, in pesquisa net

“Eduardo Lourenço é um mestre do ensaio livre e criativo que procura abarcar e desvelar a compreensão da realidade em perspectivas inesperadas.
Mestre de uma crítica livre pensadora, mas pós-livre-pensamento, difícil de enquadrar em escolas e correntes, Eduardo Lourenço tem procurado desminar o nosso imaginário repleto de imagens desfocadas de nós mesmos, de mitos e utopias delirantes que nos têm impedido de trilhar caminhos sólidos de realização colectiva.
Os seus textos são interpretação e, ao mesmo tempo, são fonte de interpretação. A sua lucidez analítica perante a complexidade da história e suas derivas presentes obriga-nos a uma ascese das nossas insuficiências hermenêuticas e a alargar a compreensão de Portugal, da Europa e do mundo.
Tenho uma dívida de inspiração a Eduardo Lourenço e aos seus escritos, lidos por mim com entusiasmo sistemático. Os seus textos e os momentos de convívio com este pensador têm sido desbravadores de caminhos e de temas de abordagem da História da Cultura, esse mar onde navego em termos de investigação.
Sem Eduardo Lourenço os meus livros seriam mais pobres. Ele tem-me ensinado, com os suas análises argutas e as suas provocações eivadas de ironia, a olhar o nosso passado e o nosso presente de forma menos simplista e mais complexizante.”

José Eduardo Franco

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