sábado, 26 de abril de 2014

Do escritor Yasunari Kawabata-Prémio Nobel da Literatura em 1968

















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"O céu das montanhas mais distantes ainda guardava os resquícios da vermelhidão do pôr-do-sol. Por isso, bem ao longe, os contornos da paisagem através do vidro da janela ainda continuavam nítidos, mas já sem cor, e as montanhas infinitamente monótonas pareciam ainda mais triviais. Por não haver nada de mais atraente, tudo aquilo tornava-se um imenso fluxo de emoção anuviada, obviamente porque ele imaginava o rosto da moça flutuando nesse quadro. Não era possível ver o outro lado da janela na parte em que a figura dela se refletia, mas como a paisagem do entardecer se movia ao redor do contorno da moça, o rosto dela também lhe parecia translúcido. Se o era ou não, ele não foi capaz de distinguir, pois lhe parecia que a paisagem do crepúsculo que continuava a passar por trás do seu rosto estava em frente a ele..."(...)- in pesquisa Google

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