POEMA:

POEMA

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SOU…

um ponto de interrogação…
.depois, outro ponto…um de exclamação!

SOU,
__________________________________________________porque Aconteço!

Sou o vazio de um espírito cheio!
Sou dúvida de fé, que me viaja desde o nascer até ao Agora-a-Acontecer.
Sou Tudo-não-sendo-Nada.
Sou o resto desse tudo e desse nada,
________________________em phatos universal de constantes e mudas questões…
Sou cada flor
que nasce sob a pujança do sol
que rejuvenesce a vida parada, sob os invernos da vida.
Sou cada folha de árvore ornada pelo orvalho
que a trespassa de magia.
Sou Terra e Ar que, decidida, empurra cinzas do Fogo,
que a Água transforma em lodo…

____________________________________________________Sou sempre-EU…
____________________________________________________ Eu-Própria
_______________________________________________Meu-abrigo-de-mim
______________________________conhecida e desconhecida resposta do Não ao Sim,
____________________a vencer e a ser vencida nas páginas de um poema-vida
_________________________________incompreendida, genuína.

No Entretanto…
brilha a luz de um luar.brilha.
.por entre nuvens espalhadas sobre os flancos da montanha,
as orlas esverdeadas confundem-se com as águas do grande mar
do tamanho da terra tamanha…
que brilha.

O Mar, sim, o mar é a verdade-ponto-de-exclamação!

aberto sereno revoltado fingido hipócrita…

vivido domado em tantas viagens de circum-navegação de traição…

SE SOU…?
OH, sim…porque Aconteço, desde a hora do meu-Começo…

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
ABRIL/014