terça-feira, 22 de novembro de 2011

POEMA: À NOITE--------------O SONHAR!

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À NOITE o SONHAR…


Penumbras de silêncio criam imagens interiores
incapazes de sair para o mundo da clarividência

Gaivotas fogem do meio dos trovões da tempestade
e aninham-se em cavernas
nas margens do mar alterado
o tempo é uma plenitude que não conseguimos adivinhar
e os relógios não param no meio dos trovões
. calam-se as teclas dos pianos no desalento das mãos
que se encolhem de frio…

Momento de cólera infernal
dilui-se na força do temporal.

A Terra, lavrada, encharcada,
Responde ao estertor
Murchando a semente …in memoriam

À noite o sonhar é meu
À noite o silêncio, sou EU
À noite é escuro como breu

E uma alma amargurada dá por si…Não é Nada!

Cavalos loucos não galopam a Noite.
Estrelas-do-mar refugiam-se na areia-abrigo
lá no fundo, onde o mundo não fala…
onde há algas esverdeadas de sonhos…
…esperançadas…
Os órgãos das catedrais não alegram as noites
com sonatas imortais…

Resta a quimera da Verdade
que fugiu…
…que se encobriu na capa do sono!


Cheira à sensibilidade do sorriso da noite.
Cheira à alegria de qualquer espaço no Dia.

No cimo da montanha, há uma praia abandonada,
na alma calada…

Marilisa Ribeiro
R-C12M-64-NOV/011-(MSN)

2 comentários:

  1. Nostalgia, para a cura de almas,que não chegaram a vaguear pela terra.

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  2. Campista Selvagem: é isso ,mas não só...Este poema é difícil de interpretar, pois, subjacente, está a vida, em variados cambiantes...
    Beijo da
    Mª ELISA

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