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À NOITE o SONHAR…
Penumbras de silêncio criam imagens interiores
incapazes de sair para o mundo da clarividência
Gaivotas fogem do meio dos trovões da tempestade
e aninham-se em cavernas
nas margens do mar alterado
o tempo é uma plenitude que não conseguimos adivinhar
e os relógios não param no meio dos trovões
. calam-se as teclas dos pianos no desalento das mãos
que se encolhem de frio…
Momento de cólera infernal
dilui-se na força do temporal.
A Terra, lavrada, encharcada,
Responde ao estertor
Murchando a semente …in memoriam
À noite o sonhar é meu
À noite o silêncio, sou EU
À noite é escuro como breu
E uma alma amargurada dá por si…Não é Nada!
Cavalos loucos não galopam a Noite.
Estrelas-do-mar refugiam-se na areia-abrigo
lá no fundo, onde o mundo não fala…
onde há algas esverdeadas de sonhos…
…esperançadas…
Os órgãos das catedrais não alegram as noites
com sonatas imortais…
Resta a quimera da Verdade
que fugiu…
…que se encobriu na capa do sono!
Cheira à sensibilidade do sorriso da noite.
Cheira à alegria de qualquer espaço no Dia.
No cimo da montanha, há uma praia abandonada,
na alma calada…
Marilisa Ribeiro
R-C12M-64-NOV/011-(MSN)
Nostalgia, para a cura de almas,que não chegaram a vaguear pela terra.
ResponderEliminarCampista Selvagem: é isso ,mas não só...Este poema é difícil de interpretar, pois, subjacente, está a vida, em variados cambiantes...
ResponderEliminarBeijo da
Mª ELISA