sábado, 26 de novembro de 2011

POEMA: NÃO DIGAS...

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Não digas a ninguém, o modo como te amo…
…o calor que de ti dimana…a vida que de mim brota
ao estender-me no leito
ou o ardor com que me agarro, coladinha, ao teu peito.
Não digas a ninguém
o que escondo sob a pele…
…ou aquilo que vivemos
quando, juntinhos, estamos,
enrolados “em anel”!

Não permitas que alguém sonhe
o vulcão que tu transformas, em orvalho matinal…
…ou que esse orvalho diga o poço de Luar
onde o foste buscar…

Deixa que o segredo se esconda
no Tempo que vai passando,
suspirando pela Terra…pelo Ar…pela Água…pelo Fogo
da vida do nosso querer…

Não, não digas a ninguém
como é seres meu, também…
Esconde da luz das estrelas
levianas… porque belas!´-
a chama que de ti sai…

Não digas a ninguém, da minha pele macia
que se estende ao palpar das tuas mãos
em leve e doce agonia…

Vive no mundo do meu querer…
no modo como sei SER
quando te encostas a mim,
perguntando ,sem falar,
a que se deve o fogo do meu olhar…

Não, não digas a ninguém,
quando o coração me sussurra no corpo que tenho,
no vento que passa,
no mar que se exalta,
quando as ondas estremecem, numa vaga de Fogo…
Dói-me a alma quando te perdes do meu corar…
…quando deambulas por outros céus
onde eu não posso estar…
e quando o meu pensamento se perde
nas ondas do teu prazer…

És o meu espaço de Terra que cicia…
ao gemer do Amor!

Não o digas a ninguém…
C11L-198- (ERTS) -AGT/011
Marilisa Ribeiro-IGAC-USR12038

2 comentários:

  1. Adormecendo
    “… deixa enroscar-me nos teus braços… coloca tua mão na minha cabeça e enrola os teus dedos nos meus raros cabelos… baixa um pouco a tua fronte e beija a minha boca… deixa enroscar-me no teu colo… sentir a tua maciez e ver de baixo para cima o teu sorriso… ver-te junto a mim e saber-te ali comigo… de tal forma que quando olhas eu sou o teu olhar… de tal forma que quando sorris eu sou os teus lábios… de tal forma que quando me afagas eu sou a tua mão… de tal forma que quando me tocas eu sou o teu corpo… de tal forma que quando me olhas eu sou o teu olhar… deixa pousar o meu cansaço na tua serenidade e sentir a tua paz na minha guerra… baixar as armas e sentir a trégua na tenda que se ergue no deserto da batalha… humedecer as mãos na brisa da água que corre no ribeiro que nos circunda… lavar a cara na frescura do vento que nos embala… sentir que nem tudo é real mas que o sonho nos preenche… sentir que, por vezes, só o desejo chega, só o querer basta, só o pensar nos satisfaz… deixa-me ser não só a realidade mas também o que não somos… deixa-me olhar para dentro de ti e ver-me inteiro… deixa-me tocar-te com o sonho e saber-me parte dele como sei que ele é uma parte do meu eu verdadeiro…” Joaquim Nogueira

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  2. AMBRÓSIO( JOAQUIM NOGUEIRA?????????????)
    Adorei este poema!Não sei dizer mais nada...Deixaste-me sem palavras...
    Beijo
    Mª Elisa

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