"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quinta-feira, 10 de março de 2011
...E CORRE MEU PENSAMENTO...
(Foto GOOGLE)
Trinados de felicidade enfeitam os ares
Com o alegre voo das aves…
…e antevejo-te em quadros simulados, dissimulados
Na bruma das eras…Outros voos já passados…
Do alto da colina, o Sol bate brilhante, com seus raios cintilantes,
Faz acordar a VIDA!
Gâmetas despontam no telurismo da Terra-Mãe,
Reproduzindo anatomias florais, em fulgurosos trigais.
No velho moinho de água cantante
Tritura-se a semente que, já cortada,
Se transforma em pó para pão da gente.
O céu, em azul anilado, belo como um quadro de amor,
Cobre o bosque avermelhado, onde brancas nuvens deslizam…
…mansas, mansas, longe de ventos atarefados, ululantes de dor…
A mata guarda, ainda, segredos da meninice acabada.
Elfos, duendes e fadas gravitam, em constante mutação
Da aparência extenuada, magoada, dorida.
Meus sonhos de magia podem o voo das aves…
…Saem do coração ao qual tiro a chave da reclusão!
E deixam-me voar no desequilíbrio dos raios de luar,
Em desenfreada cavalgada da Mente…potente!
É feérica a ponte entre meus sonhos e a realidade!
A ela se opõe sempre a inevitável Verdade!
Quando tiver um jardim de rosas da perdição
Vermelhinhas, cor de sangue,
Vou pô-las longe do penhasco da Ilusão!
E o sol, a bater no rio,transforma as águas num mar de prata…
...que foge para o MAR-OUTRO…o da Descoberta!
Retorno, humanamente, aos trinados dos pássaros felizes!
Acordo, dormindo sentada na rocha brilhante
Da colina petulante, de verdura transbordante.
Ignoro os elementos da Magia…
Sigo o zumbir das abelhas na azáfama do mel…
Na harmonia do orvalho seco, do dia, fervilha –me a mente!
Sinto-me MÃE da minha meninice
Que escorre para o papel.
Poderosos nenúfares, ancorados em águas lentas,
Levam idosos e crianças a viajar na corrente de um Estar diferente!
Barcas de humanismo, sem sinal de cinismo e sopros de solidariedade
Nas tristes águas paradas, da gasta sociedade…
Meu voo inevitável por cima das nuvens, ao lado dos paraísos,
Deixa-me cair, de repente, no meio do beijo dos astros…
…no abraço das estrelas, perto das dores da humanidade…
Mas existem WELWISHITAS MIRABILIS no cru deserto da aridez social,
Contida nas eternas areias a céu aberto…
..tão longe do perto!
A sapiência e a inocência dos viajantes dos nenúfares acolhedores
Brilham nas águas de verdes multicolores.
A noite atravessa-me!
Os olhos vêem a mão que me escreve!
A Palavra surge-me!
A Pedra esmaga-me…
C11L-22(mod) 48-JAN/011
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Um canto à Primavera.
ResponderEliminarA melodia parece dar-nos asas que nos situam nas planícies onde correm as águas cristalinas.
Os sentidos deixam-se seguir no canto das aves ou no coloridos dos campos onde os insectos trabalham na polinização de novas manhãs de lindas flores.
Luís Coelho:este é, realmente, um poema de Sentidos mas também de sensibilidades...É um pouco mais profundo: na beleza da Natureza, mistura-se o feio da crítica social...
ResponderEliminarBeijinhos, amigo.
Mª ELISA
A Primavera acontece no coração dos Poetas, onde as manhãs se abrigam nos dias de tempestade
ResponderEliminarTexto lindíssimo.
ResponderEliminarBeijo.
ANAMAR: é um grande prazer ver-te por aqui! Obrigada pelas tuas palavras!
ResponderEliminarBeijo
Mª ELISA
MANUEL: obrigada!
ResponderEliminarBEIJO
Mª ELISA