segunda-feira, 25 de abril de 2016



A revolução de Abril/974, vista "de fora", in net:

Olhares da imprensa estrangeira

Lisboa em delírio celebra a festa do trabalho em liberdade


Todas as lojas, os restaurantes e os cafés estavam fechados, mas ninguém pensava em
beber (…). Não havia outra embriaguês senão a da alegria, nem outro alimento além da esperança
(…). Ao longo de quilómetros e quilómetros comprimiam-se multidões imensas, felizes.
Vermelha era Lisboa neste 1º de Maio de liberdade, vermelha a cidade reconquistada
pelo povo. Vermelha como a própria felicidade, como a vida reencontrada depois de meio
século de anestesia. E vermelhos eram, também, os cravos nas bocas dos canhões, nas baionetas
das espingardas, na lapela dos uniformes, sobre todos os corações unidos na mesma alegria.
Colette Braeckman, Le Soir, 1-2 de Maio de 1974.

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