quarta-feira, 27 de abril de 2016

De Angola, in www.publico.pt


Casal luso-angolano assassinado em Luanda
EM ACTUALIZAÇÃO:

ANA HENRIQUES

27/04/2016 - 13:01

(actualizado às 14:19)


Homicídio ocorreu nesta terça-feira nos arredores da capital Luanda.
Elvira Mil-Homens e Fernando Silva nunca tinham sido ameaçados, conta uma sobrinha DR




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Um casal de empresários luso-angolanos de meia-idade foi assassinado nesta terça-feira nos arredores de Luanda.

Proprietários de uma loja de artigos para o lar chamada Fermil, Elvira Mil-Homens, de 61 anos, e Fernando Silva, de 56, seguiam de carro para o condomínio privado onde moravam ao final do dia quando outro veículo lhes travou a marcha.

"O filho de 33 anos, que se encontrava no banco de trás, pensava que era um assalto. Saiu do carro e disse-lhes para levarem tudo. Mas não levaram nada", descreveu ao PÚBLICO uma sobrinha do casal, Katyana Mil-Homens, explicando que Fernando Silva foi morto em primeiro lugar. "A minha tia ainda disse ao filho: 'Mataram o teu pai'. A seguir também a atingiram a ela".

Katyana Mil-Homens explica ainda que os atacantes, que seriam quatro, actuaram de caras tapadas. Ignora o porquê do duplo homicídio: "Não fazemos ideia. Nunca tinham sido ameaçados. Terá sido por engano?", interroga. As autoridades angolanas estão a investigar o crime, que ocorreu em Viana, nos arredores da capital.

O grupo não efectuou qualquer disparo contra o filho do casal, cujos corpos serão transladados para Portugal, onde serão cremados — não tanto pelas ligações dos empresários a Portugal, que não eram muitas, mas por ser aqui que se encontra uma filha sua, que não pode viajar para Angola por estar grávida.

Ontem mesmo, as autoridades francesas emitiram um aviso de segurança alertando os cidadãos daquele país para não utilizarem a Via Expresso, local onde ocorreu o crime, por ali ter sido raptado recentemente uma pessoa desta nacionalidade. Quem tiver de circular nesta estrada deverá fazê-lo sob escolta armada ou acompanhado de vários outros veículos, aconselharam também às empresas francesas.

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