POEMA:
CONFISSÃO…
…confesso que deixei teu sol beijar-me, ao luar da minha ingenuidade…
…que me deitei num leito de ervas macias, apertada na poesia dos teus braços
…que o céu de Agosto era tão belo e brilhante, como diamante azul transparente.
…confesso que me banhei no ribeiro que fazia do nosso amor
verdadeira obra-de-arte, em cambiantes de rumor e cor…
…e que me perdi a naufragar nas tuas ondas de veludo-
…porque, para mim, eras TUDO!
...mais confesso, sem sombras de arrependimento, que amei!
…e agora, que fazer desta escuridão involuntária, desta angústia presa ao corpo-que-pede-luz? -……… traidoras janelas abertas que me mostrais a beleza que deveis esconder ………e vós, estrelas cintilantes, que brilhais mesmo sem vos poder tocar?
Distantes árvores da infância que vos instalais nas palavras do alvorecer, como foi possível passar-vos por cima, sem dar conta de que o madrugar termina ao anoitecer?
Por que me dói o milagre da claridade que-em-mim-quer-aparecer?
Sei que a noite (a ter existido), foi um erro de perspectivas das ilusões das nossas sombras, perdidas no entrelaçar das mãos, quando a geografia do meu corpo transformava a poesia em colapso dos sentidos***e hoje o mundo fugiu para os descuidos em que as horas se perdem a voar nas asas do tempo***daí, a escuridão da angústia que pede-luz-ao-meu-corpo!
Mas…o que se pode saber do amor, quando o Ser desabrocha, como rocha-a-abrir no seio de uma rosa a florir?
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
(Marilisa Ribeiro)
REG:CR-MQC-44/AGT/013
CONFISSÃO…
…confesso que deixei teu sol beijar-me, ao luar da minha ingenuidade…
…que me deitei num leito de ervas macias, apertada na poesia dos teus braços
…que o céu de Agosto era tão belo e brilhante, como diamante azul transparente.
…confesso que me banhei no ribeiro que fazia do nosso amor
verdadeira obra-de-arte, em cambiantes de rumor e cor…
…e que me perdi a naufragar nas tuas ondas de veludo-
…porque, para mim, eras TUDO!
...mais confesso, sem sombras de arrependimento, que amei!
…e agora, que fazer desta escuridão involuntária, desta angústia presa ao corpo-que-pede-luz? -……… traidoras janelas abertas que me mostrais a beleza que deveis esconder ………e vós, estrelas cintilantes, que brilhais mesmo sem vos poder tocar?
Distantes árvores da infância que vos instalais nas palavras do alvorecer, como foi possível passar-vos por cima, sem dar conta de que o madrugar termina ao anoitecer?
Por que me dói o milagre da claridade que-em-mim-quer-aparecer?
Sei que a noite (a ter existido), foi um erro de perspectivas das ilusões das nossas sombras, perdidas no entrelaçar das mãos, quando a geografia do meu corpo transformava a poesia em colapso dos sentidos***e hoje o mundo fugiu para os descuidos em que as horas se perdem a voar nas asas do tempo***daí, a escuridão da angústia que pede-luz-ao-meu-corpo!
Mas…o que se pode saber do amor, quando o Ser desabrocha, como rocha-a-abrir no seio de uma rosa a florir?
Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
(Marilisa Ribeiro)
REG:CR-MQC-44/AGT/013
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