"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 15 de março de 2013
POEMA: PORTAL
PORTAL
É o deserto um mar feito de areias do próprio mar.
Encriptados pelo sol sob as patas da Esfinge
há segredos dos livros de Alexandria, a conhecer,
quando o mar de areia se tornar água de fonte, límpida e corredia.
A lua, presa ao céu lavado de fresco pela força das trovoadas
trespassa a noite de solidão fria, para inundar de luz as areias do caos.
A noite dará lugar ao dia quando as frésias florescerem e
as primaveras
puderem entrar no mar cheio de areias do calor.
A orla das ilhas salpicadas de tufos de harmonia
recebe
sem qualquer dramática filosofia,
a espuma cinzenta das ondas a lutar,
fugindo
dos pés da Esfinge-louca-por-saber…
O magma das sílabas em plena conexão ordena
os verbos do mundo, numa gramática preliminar que , só no poema, se pode agregar.
O sol abre o portal do mundo!
As aves espantam-se e desatam a voar!
Os golfinhos despertam as ondas libertinas
despidas em tons de beleza felina…
Os mares acordam as águas azul prateadas.
que correm para o portal da verdade
levando no dorso o poema .
que tenta saber da eternidade há tanto prometida
nas ondas do silêncio,
prolongadas pelo decorrer da vida…
Maria Elisa Ribeiro
(Marilisa Ribeiro)
CQ16-FEV/013
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