"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Poema: SAMADHI
Orientais filosofias, diferentes vivências do dia-a dia
no procurar a verdade da existência,
saem do meu interior espiritual,
em acalorada veemência...
SAMADHI...vitória do só tentar compreender!
E do lamaçal da vida nascem Lótus, cheios de divinais odores
escapando, na glória de sobreviver, aos paúis do entristecer!
Campos de lírios macios, plantados no delírio, em pelos originais
da génese cósmica do meu íntimo a arder, ressaltam de mim
ao aceder a humanos, normais desejos de me afirmar!
SAMADHI!
Não me fecho...desejo!
Recuso-me a não participar da vida, missa campal despida,
que me chama e me reclama,
quando me beijas no calor de um abraço...que desfaço
no campo- lótus que arrasa meu peito, feito a teu jeito...
No doce balouçar do Vento da Chamada
danço uma dança sagrada...
desinibida...
qual CANTATA que perfuma de sons meu corpo inteiro,
no Sonho...sobranceiro a levezas das impurezas!
SAMADHI!
Eu...Tu...em MIM e em Ti!
E sou bóia da imaginação...pura e devassa...
para ti que me sacias, no calor da noite espessa,
ou do dia em alegria, na aragem do Vento que perpassa...
...no Fogo do vulcão que extravaza...que nunca diz NÃO...
...que responde à explosão do meu DESEJAR-A- AMAR ...em TI!
SAMADHI...sexo puro e louco que se transmuta no calor da Purificação,
minha paixão original limpa, porque natural!
Então, procuro em ti o que tiras de mim...
abro-me à natureza que gera...que cria em harmonia...
...e SOU...porque no AMOR, ACONTEÇO!
Samadhi...pureza do lodo da Vida!
Sobremesas divinais de incomparável doçura
servidas são no prato de um arco-íris, colorido e possante,
que atravessa meu pólo a pólo, nos buracos do tesouro que procura...
Sirvo-me
e serves-te tu, no delírio da ternura...na procura
do viver a arder ...do ovo do vulcão do meu SER...
Gula...prazer no meu entreabrir a flor da sobremesa do EXISTIR!
Meu segredo matricial oferece-se na hora de me perder
que ainda estou por viver...
Doces sucos escorrem do doce imaginário que guardo
no meu sacrário de amor...
SAMADHI----MEU CORPO!
Cubro a dádiva com uma colcha de puro damasco,
que não descubro enquanto não tiver os fonemas certos
para as horas de uivos sacramentais,
abismos lexicais de prazer...que estou por viver...
Vulcão ...este CORPO-SAMADHI, onde EROS se perde de paixão,
de gozo e perdição...júbilo e reabilitação!
Erecta exaltação da Verdade,
guardo a pureza da Realidade
nas Sintaxes da Morfologia- cósmica do MEU-CORPO-TEU...
...divindade do EU...
C11L-29/ ABL/011--(mqc-18)
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