"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
domingo, 17 de outubro de 2010
ANIVERSÁRIO DE UM POETA ÍMPAR...
Deixei passar em branco a nomeação de um recente PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA...por absoluta falta de tempo, empenhada que estou na minha recuperação fisioterápica...Hoje, dia 17 de OUTUBRO, não posso nem devo, como portuguesa e "poetisa", deixar que o meu poeta preferido, ANTÓNIO RAMOS ROSA, complete sozinho, os seus 86 anos de idade! Não sozinho como pessoa, pois são tantos os familiares que, hoje, o acompanharão...Sozinho, no reconhecimento do seu valor,como património literário deste triste PORTUGAL onde - tenho a certeza!- muitos dos desgovernantes, nunca o leram!
PELA sua POESIA ,com letra mais que MAIÚSCULA! vimos surgir ,há tantos anos, um valor cimentado nas relações humanas, um verdadeiro HUMANISTA, em constante luta silenciosa, gritando palavras de JUSTIÇA, LIBERDADE,IGUALDADE, FRATERNIDADE,PAZ E AMOR UNIVERSAIS!
A crítica social às injustiças e o amor pelos que trabalham ficarão imortalizados na sua obra,que desejamos continue a viver, na sua vivência humana.
Vives,poeta, na tua POESIA e para a tua POESIA, que, abnegadamente, ofereces aos homens que queiram aprender a viver, de acordo com regras marcadas pelos valores, que deveriam ser universais! Mas é essa a sina do POETA...procurar, pela MENSAGEM,
o bem que pode haver no mundo, sem que o entendam os espíritos medíocres!
Viste, como afirmava SOPHIA DE MELLO BREYNER, o espantoso sofrer do mundo e procuraste minorá-lo ,na paz da tua alma.Mostraste a revolta ,ao ver o Universo caminhar ao lado dos "valores" ,invertendo-os!Choraste em palavras como "dor", "sofrimento", "mentira", "lágrimas"...A MORAL dos teus poemas è uma realidade vivida e, por isso nos deveria conduzir a uma profunda tomada de consciência!
Infelizmente o materialismo e a inversão dos valores que pregas, não convém aos grandes...e a tua vida é prova disso...
Cito-te, amigo, a segunda estrofe do poema "depoimento" de MIGUEL TORGA, como sabes:
"(...)
Mas o céu era belo
quando à noite o seu dono o acendia;
E era belo o sorriso da poesia,
E belo o amor, dragão insatisfeito;
E era belo não ter dentro do peito
Nem medo, nem remorsos, nem vaidade.
Por isso digo que valeu a pena
A dura realidade
Desta viagem trágico-terrena
Sempre batida pela tempestade."
FELICIDADES, AMIGO GRANDE!
Maria Elisa Ribeiro
MEALHADA, 17 de NOVEMBRO de 2010
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Para um amigo tenho sempre um relógio
ResponderEliminaresquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.~
António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa".
Gostei da tua homenagem.
Beijo.
LINDO, esse poema!Ensinei-o tantas vezes...
ResponderEliminarOBRIGADA POR O CITARES, MANUEL...
UM BEIJINHO
O que seria de nós sem os poetas a nos falar das dores e anseios do homem?
ResponderEliminarEstaríamos na falta de sabor do pragmatismo, prisioneiros das regras, nem consigo pensar.
Bonita homenagem.
beijos
Um prazer esta leitura, não só pela admiração que nutro pelo poeta, como pela forma carinhosa como aqui é retratado.
ResponderEliminarL.B.
Lídia BORGES: agradeço a tua visita e o amável comentário!
ResponderEliminarAdorei o teu blog!
BEIJOS DA Mª ELISA
ANGELA: terna e amiga, como sempre! Adoro este grande poeta que já foi lembrado para o PRÉMIO NOBEL!
ResponderEliminarBEIJINHOS DE
MA ELISA
M@ria: obrigada por sua visita e suas palavras!
ResponderEliminarLá irei para ver você em ação...
BEIJINHO DE
Mª ELISA