Poema: Canção de embalar...

Oscilo, lânguida, ao sabor do teu remar...

apertada nos teus braços, sussurro o AMOR

que se cala,na vertigem de uma doce origem...



Embala-me, doce amor...

cala-te...deixa que goze a alegria

de me fechar em teus abraços.

Segura-me... estou cansada...despenteada...VIVA

ao sabor do teu VIVER, num balançar

constante, desejado...vivido de tão ansiado...



O suor que tu me dás, é o banho

desse cansaço

que eu não quero perder...

Vamos...voltamos...vimos... no suave respirar do AMOR... a VIVER.



Conhece o meu "MISTÉRIO-MULHER"!

É teu...se o souberes entender!

Vou deixar-te conhecê-lo...A noite cansar-se-á de tantos sabores e odores...

E eu falei-te do tremer no teu olhar...

Ouviste bem o que eu disse?

o que guardei para ti é um tesouro só meu...

FUI EU...SOU EU...sempre que me abraçares

e desejares...serei o sabor do PARAÍSO no DAR-ME...



Os odorosos lençóis da NOITE de NÓS

estão com inveja das "mil e uma noites,

que o Futuro promete dar-nos, sem sequer alçar a voz...



É livre quem dá o seu EU

sabendo que é vivo, o CÉU....



Amor sem grilhetas voa...paira em tectos alheios....

volta para o nosso ninho, feliz tal um passarinho!



Ver-te-ei logo...outra e outra vez... hoje... SEMPRE...

Agarramos o VENTO, que sopra raios de FOGO

e os poisa...aqui...ao pé de MIM e de TI...no quarto, nosso jardim...

OH, meu amor!- diz que SIM...



ADORMEÇO... RELAXADA...sem forças para falar...

Fala meu corpo por mim...ESPERA...FAZ ASSIM...





C8H.100/ (mqc)-SET/010