terça-feira, 17 de março de 2009

Meditação...(I)


São onze horas da noite. Esta é uma hora propícia à meditação. Sinto-me só. Puxo de uma cadeira e sento-me a observar quem anda, ainda, por fora de casa, a aliviar as pressões dum dia de trabalho, que, nos tempos que correm, se adivinha sempre mais difícil. Há um silêncio repousante, cortado, de quando em vez, pelo barulho dos carros que se movem, em direcções que ignoro, mas que compreendo, como ser humano que vive e medita.
Acompanha-me, nesta viagem interior, a luz brilhante da lua que se socorre do brilho das estrelas, para me ajudar na tarefa da profunda viagem dentro de mim. Ajudo-me com o
brilho duma estrela, que se evidencia, qual "super model" do espaço sideral...
Não há nuvens; o dia promete ser, amanhã, outra vez, quente e luminoso.
Cansei-me, terrivelmente, hoje, a nível intelectual. As notícias não ajudam a ver o mundo melhor e deprimem-me. Fujo delas e pego num livro, para encontrar ajuda espiritual. É dificil fechar os olhos, para não pensar nos dramas da humanidade. Toca a sirene dos bombeiros... Lá está...é dificil concentrar-me em mim, quando sinto o sofrimento alheio num simples, dramático, aviso de perigo!
Sinto que os sentimentos se tornam mais complexos, num mundo cheio de ruído, que disfarça a verdade e dilui o essencial. Estes momentos de meditação são a minha procura do meu "Graal", a minha lança sagrada, no espaço meu circundante...
E temo que não me encontre...e que também não o encontre, a ele, o "Graal"! Não me sinto um GALAAZ...
Irei andando neste meu reino de Camelot, onde procurarei ser o Rei Artur do meu pequeno mundo. Espero que não se rompa o círculo sagrado em torno do meu EU...

2 comentários:

  1. É um privilégio passar por aqui...é lindo o poema que deixou no meu último post...obrigado estimada poeta

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  2. esses momentos são fundamentais. pelo menos para mim.

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