sexta-feira, 21 de outubro de 2016

D. Sebastião, rei "perdido" de Portugal...


Sebastião de Portugal
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Sebastião


Rei de Portugal e Algarves
Reinado 11 de junho de 1557
a 4 de agosto de 1578
Coroação 16 de junho de 1557
Antecessor(a) João III
Sucessor(a) Henrique I
Regentes
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Casa Avis
Nascimento 20 de janeiro de 1554
Paço da Ribeira, Lisboa, Portugal
Morte 4 de agosto de 1578 (24 anos)
Alcácer-Quibir, Marrocos
Pai João Manuel, Príncipe de Portugal
Mãe Joana da Áustria
Assinatura


Sebastião (Lisboa, 20 de janeiro de 1554Alcácer-Quibir, 4 de agosto de 1578), apelidado de "o Desejado" e "o Adormecido", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1557 até sua morte. Era filho de João Manuel, Príncipe de Portugal, e Joana da Áustria. Ele ascendeu ao trono aos três anos após a morte de seu avô o rei João III, com uma regência sendo instaurada durante sua minoridade, liderada primeiro por sua avó a rainha Catarina da Áustria e depois por seu tio-avô o cardeal Henrique de Portugal.

Sebastião assumiu a governo aos catorze anos de idade em 1568, manifestando grande fervor religioso e militar. Solicitado a cessar as ameaças às costas portuguesas e motivado a reviver as glórias da chamada Reconquista, decidiu montar um esforço militar em Marrocos, planeando uma cruzada, após Mulei Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono. A derrota na Batalha de Alcácer-Quibir em 1578 levou ao desaparecimento de Sebastião em combate e da nata da nobreza, iniciando a crise dinástica de 1580 que levou à perda da independência para a Espanha e ao nascimento do mito do Sebastianismo.



Índice [esconder]
1Nascimento
2Regência
3Motivos da Intervenção em Marrocos
4Desaparecimento e Lenda
4.1Teorias e dados sobre o desaparecimento
4.1.1Prisioneiro de Veneza
5Títulos, estilos, e honrarias
5.1Títulos e estilos
5.2Honrarias
6Cultura popular
7Descoberta de retratos perdidos
8Ver também
9Notas e referências
9.1Notas
9.2Referências
10Bibliografia


Nascimento[editar | editar código-fonte]

Iluminura de D. Sebastião recém-nascido, na obra Sentenças para a Ensinança e Doutrina do Príncipe, datada de 1554.

Era filho de D. João Manuel, Príncipe de Portugal e de D. Joana de Áustria, Seus avós paternos eram o rei de Portugal D. João III e a rainha D. Catarina. Seus avós maternos eram o imperador Carlos V e a Isabel de Portugal. Esta era irmã de João III.[1]

João Manuel morreu em 2 de janeiro de 1554, deixando todo o reino em sobressalto, pois Sebastião ainda estava no ventre da sua mãe. João Manuel foi o único filho sobrevivente dos nove que João III havia tido, e a sucessão do reino passou a depender do sucesso do parto.[1]

O problema que ocorria em Portugal não era a falta de herdeiros, mas por causa do contrato de casamento de D. Maria Manuela, irmã do príncipe defunto, com D. Filipe II da Espanha,[Nota 1] pelo qual, caso não houvesse sucessores, o reino passaria ao filho desta união, Carlos, ocorrendo a união com Castela, que os portugueses sempre abominaram.[2]

O arcebispo de Lisboa, D. Fernando de Meneses Coutinho e Vasconcelos, ordenou que, assim que começassem as dores de parto, avisassem a , para que fosse feita uma procissão de fé. Dezoito dias depois da morte do príncipe, a princesa começou a sentir as dores, na noite do dia 19 para o dia 20 de janeiro. De madrugada chegou o aviso, e o povo que afluiu à Igreja de São Domingos foi tamanho que várias pessoas ficaram de fora, indo padres a pregar do lado de dentro e outros a pregar do lado de fora.[2]

Na manhã do sábado, dia 20 de janeiro de 1554, nasceu o príncipe, e foi dada a notícia do nascimento, recebida com orações de agradecimento a Deus.[3]

Em 27 de janeiro, ao oitavo dia, ele foi batizado pelo Cardeal Infante D. Henrique, irmão do rei Dom João, e recebeu o nome de Sebastião, por causa do dia em que havia nascido, sendo seus padrinhos o rei e a rainha, seus avôs.[4]

Em virtude de ser um herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como O Desejado; alternativamente, é também memorado como "O Encoberto" ou "O Adormecido", devido à lenda que se refere ao seu regresso numa manhã de nevoeiro, para salvar a Nação.
Regência[editar | editar código-fonte]

Com dois anos de idade, seu avô, o rei, enfermo, chamou-o à sua presença, para brincar. Quando o rei pediu água, trouxeram dois copos, um, fechado, para o rei e outro aberto para Sebastião. Vendo isto, o menino começou a chorar, querendo um copo como o do avô, que comentou:[5]

Retrato inédito de D. Sebastião I, por Alonso Sánchez Coello, 1562. Estava na Áustria, no castelo Schönberg, mas erradamente identificado com um nobre austríaco.

"Cedo quereis reinar". No ano seguinte, em 11 de junho de 1557, morreu João III. Sebastião tornou-se rei com três anos, quatro meses e vinte e dois dias de idade.[5]

Durante a sua menoridade, a regência foi assegurada primeiro pela sua avó, a rainha Catarina de Áustria, viúva de D. João III,[6] e depois pelo tio-avô, o Cardeal D. Henrique de Évora, (23 de Dezembro de 1562[7]-1568). Neste período, depois da aquisição de Macau em 1557 e Damão em 1559, a expansão colonial foi interrompida. A premência era a conjugação de esforços para preservar, fortalecer e defender os territórios conquistados.

Durante a regência de D. Catarina e do cardeal D. Henrique e o curto reinado de D. Sebastião, a Igreja continuou a sua ascensão ao poder. A actividade legislativa centrou-se em assuntos do foro religioso, como por exemplo a consolidação da Inquisição e sua expansão até à Índia, a criação de novos bispados na metrópole e nas colónias. A única realização cultural importante foi o estabelecimento de uma nova universidade em Évora – e também aqui a influência religiosa na corte se fez sentir, pois foi entregue aos Jesuítas.

Investiu-se muito na defesa militar dos territórios. Na rota para o Brasil e a Índia, os ataques dos piratas eram constantes e os muçulmanos ameaçavam as possessões em Marrocos, atacando, por exemplo, Mazagão em 1562. Procurou-se assim proteger a marinha mercante e construir ou restaurar fortalezas ao longo do litoral.

Os bastiões no Norte de África, pouco interessantes em termos comerciais e estratégicos, eram autênticos sorvedouros de dinheiro, sendo necessário importar quase tudo, além de que, sujeitos a constantes ataques, custavam muito em armamento e homens. Assim, Filipe II em 1589 viria prudentemente a devolver aos mouros Arzila, oferecida a D. Sebastião em 1577 por Mulei Mohammed.

De facto, a preservação das praças em Marrocos devia-se sobretudo à questão de prestígio e tradição. O jovem rei cresceu educado por Jesuítas e tornou-se num adolescente de grande fervor religioso, embora a sua falta de experiência militar e política viesse a conduzir o exército português ao desastre de Alcácer-Quibir e à própria morte ou desaparecimento do rei.
Motivos da Intervenção em Marrocos[editar | editar código-fonte]

Com a reconquista de Tunis em 1574, aos Turcos faltaria apenas Marrocos para dominarem por completo o norte de África, ameaçando depois uma entrada na Península Ibérica.

D. Sebastião começou a preparar a "Jornada de África", onde Filipe II de Espanha, seu tio, recusou participar, enviando apenas uma pequena força que fez parte do Terço de Espanhóis e Italianos.

O nexo da intervenção em Alcácer-Quibir é claramente explicado em carta do próprio D. Sebastião a D. João de Mendonça em 1576, onde manifesta preocupação crescente sobre a ameaça dos turcos que fariam Mulei Moluco um seu vassalo, ameaçando as praças portuguesas em Marrocos, e o próprio regresso dos andaluzes do Reino de Granada a Espanha:


Não é somente para dar a posse daquele Reino ao tio do Xarife, mas principalmente com o fundamento de o fazerem tributário e vassalo do Turco, e o Turco se fazer Senhor de toda África, e de todos os portos de mar dela, tendo em cada uma delas muitas galés que lhes será fácil de pôr em efeito. Assim, pela natureza da mesma terra, como por seu grande poder, que quando assim acontecesse, o que Deus não permita, visto é quantos males sem remédio poderiam recrescer a toda espanha, que da Cristandade se pode dizer que é hoje a melhor e maior parte, e com este intento queria que não somente cuidareis nesta matéria e a discorrereis para me nela dardes parecer e conselho no que farei e devo fazer (...)[8]

Dois anos antes, em 1574, os turcos tinham reconquistado Tunis, e eram senhores de todo o norte de África, exceptuando Marrocos, cujo controlo do reino se decidia na disputa entre Mulei Mohammed (o Xarife deposto), e o seu tio Mulei Moluco, que contava com o apoio turco. O Xarife pediu o apoio a D. Sebastião, e o rei partiu para a "Jornada de África", que se decidiria na Batalha de Alcácer Quibir.
Desaparecimento e Lenda[editar | editar código-fonte]

Na batalha de Alcácer-Quibir, o campo dos três reis, os portugueses sofreram uma derrota às mãos do sultão Abd al-Malik (Mulei Moluco) e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a D. Sebastião, morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar. Conta-se que, ao ser aconselhado a render-se, e a entregar a sua espada aos vencedores, o rei se tenha recusado com altivez, dizendo: "A liberdade real só há de perder-se com a vida." [9] Foram as suas últimas palavras, e é-nos dito que ao ouvi-las, "os cavaleiros arremeteram contra os infieis; D. Sebastião seguiu-os e desapareceu aos olhos de todos envolto na multidão, deixando ... a posteridade duvidosa acerca do seu verdadeiro fim." [10] Há quem defenda, por outro lado, que o seu corpo terá sido enterrado logo em Ceuta, "com toda a solemnidade".[11] Mas para o povo português de então, o rei havia apenas desaparecido. Este desastre teria as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país.

Batalha de Alcácer-Quibir, 1578. in: Miscellanea (Miguel Leitão de Andrade, 1629.).

Em 1582, Filipe I de Portugal mandou trasladar para o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, um corpo que se alegava ser o do rei desaparecido, na esperança de acabar com o sebastianismo, o que não resultou, nem se pôde comprovar ser o corpo realmente o de Sebastião I. O Túmulo de Mármore, que repousa sobre dois elefantes, pode ainda hoje ser observado em Lisboa.

Tornou-se então numa lenda do grande patriota português – o "rei dormente" (ou um Messias) que iria regressar para ajudar Portugal nas suas horas mais sombrias, uma imagem semelhante à que o Rei Artur tem em Inglaterra ou Frederico Barbarossa na Alemanha.

Durante o subsequente domínio espanhol (1580-1640) da coroa portuguesa, quatro pretendentes afirmaram ser o rei D. Sebastião, tendo o último deles – o calabrês Marco Tulio Catizone – sido enforcado em 1603.

Já em fins do século XIX, no sertão da Bahia, no Brasil, camponeses sebastianistas acreditavam que o rei iria regressar para os ajudar na luta contra a "república ateia brasileira", durante a chamada Guerra de Canudos. O mesmo se repetiu no sul do Brasil, no episódio da Guerra do Contestado.
Teorias e dados sobre o desaparecimento[editar | editar código-fonte]

Dentre incontáveis especulações e investigações de vários autores, a historiadora Maria Luísa Martins da Cunha defende, em dezembro de 2011, no terceiro volume do livro ‘Grandes Enigmas da História de Portugal', que o rei D. Sebastião sobreviveu à batalha de Alcácer-Quibir e reapareceu no ano de 1598 em Itália, onde foi mais tarde preso em Veneza, Florença e Nápoles, com a cumplicidade dos espanhóis. Segundo a mesma historiadora, o corpo do rei encontra-se sepultado na capela de São Sebastião, no Convento dos Agostinhos de Limoges.[12]

Na verdade, já o historiador Faria e Sousa reportara testemunhos, como o de D. Luís de Brito, que afirmavam ter visto no final da batalha o rei à distância sem ser perseguido. Brito encontrou-o posteriormente, em direção ao rio, e segundo o historiador esta foi a última vez que ele foi visto vivo.

O documento "Relação da Batalha de Alcácer que mandou um cativo ao Dr. Paulo Afonso"[13], termina informando que o Rei se retirou, e que a batalha terminou sem nenhum lado declarar vitória:


Neste tempo vendo El Rei que estava na vanguarda o seu campo desbaratado, se veio recolhendo pela banda do Duque de Aveiro, e o seguiu alguma gente de cavalo e a pé, cuidando que ia fazendo uma ponta para volver sobre os mouros, viu o campo já tão desbaratado que se retirou. Durou a batalha quatro horas sem se declarar a vitória.
Prisioneiro de Veneza[editar | editar código-fonte]

O caso do estranho em Veneza, mencionado acima, que vinte anos depois aparecera declarando-se Sebastião, rei de Portugal, é o de maior interesse. Ele chegou a ser aceite pelos portugueses da cidade como seu senhor soberano, por se parecer tão perfeitamente com Sebastião. João de Castro, neto do homónimo vice-rei da Índia e filho do diretor de finanças no reinado de D. Sebastião, defendeu e apoiou este estranho de Veneza, anunciando ao mundo que o rei não morrera, no seu Discurso da vida do sempre bem-vindo e aparecido Dom Sebastião,[14] publicado em 1598; enquanto Sebastião Figueira, uma das várias testemunhas que atestaram terem visto D. Sebastião sair vivo da batalha – afirmando mesmo ter saído dela com o rei – também diz tê-lo reconhecido em Veneza.[12] O Papa Clemente VIII mandara, por conselho de cardeais em conclave, que o pretendido rei aparecesse em Roma, onde a sua pretensão seria examinada. Chegando-se em conclave à conclusão, após cuidadas investigações, que era ele o verdadeiro D. Sebastião, escreve o Papa a Filipe III de Espanha, o então senhor da coroa e do Reino de Portugal, exigindo a devolução do dito Reyno ao Rey D. Sebastião, "sob pena de excommunhão mayor".[15] Filipe responde acusando o pretendente "impostor" de vários crimes e, por intermédio do seu embaixador em Veneza, manda-o prender. Foi formado um comité de nobres, que o examinaram 28 vezes, mas ele conseguiu ilibar-se de todas as acusações.[16] O pretendente mostrou marcas naturais no seu corpo, que muitos se lembravam serem de D. Sebastião, e revelou segredos de conversas entre embaixadores de Veneza no palácio de Lisboa, o que deixou atónitos os examinadores, e facilitou a sua libertação – sob a condição de ter que abandonar aqueles domínios em três dias. Na sua fuga caiu nas mãos dos Espanhóis, que em Nápoles o maltrataram, humilharam em público, e o embarcaram como escravo. Defendiam os espanhóis, que aquele sofredor era um mágico, mas tal justificação foi vista como um reconhecimento tácito da verdade das suas pretensões.[17]
Títulos, estilos, e honrarias[editar | editar código-fonte]
Estilo real de tratamento de
Sebastião de Portugal


Brasão de armas do Reino de Portugal (1385-1580)
Estilo real Sua Majestade
Tratamento directo Vossa Majestade
Estilo alternativo Senhor
Por ocasião da entrevista de Guadalupe (1577), concedida por Filipe II de Espanha a seu sobrinho D. Sebastião, e do tratamento majestático que lhe foi concedido pelo tio, D. Sebastião passa a usar a fórmula de adereçamento Sua Majestade, prenunciando o seu desejo imperial de conquista de África, suplantando a forma Sua Alteza Real até então em uso.

Ver artigo principal: Lista de títulos e honrarias da Coroa Portuguesa
Títulos e estilos[editar | editar código-fonte]
20 de Janeiro de 1554 – 11 de Junho de 1557: "Sua Alteza Real, o Príncipe Herdeiro de Portugal"
11 de Junho de 1557 – 4 de Agosto de 1578: "Sua Majestade, o Rei"

O estilo oficial de D. Sebastião enquanto Rei de Portugal era: "Pela Graça de Deus, Sebastião I, Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc."
Honrarias[editar | editar código-fonte]

Enquanto monarca de Portugal, D. Sebastião foi Grão-Mestre das seguintes Ordens:
Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ordem de São Bento de Avis
Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de Sant'Iago da Espada
Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada
Cultura popular[editar | editar código-fonte]

D. Sebastião é personagem principal nos romances históricos "O Desejado", do escritor brasileiro Aydano Roriz (2002-Brasil; 2003-Portugal), e "D. Sebastião e o Vidente" de Deana Barroqueiro.

Poema "D. Sebastião, Rei de Portugal", em Mensagem (1934), de Fernando Pessoa:Louco, sim, louco, porque quiz grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Porisso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que ha.

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nella ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadaver addiado que procria?
Descoberta de retratos perdidos[editar | editar código-fonte]

Retrato d'El Rei Dom Sebastião porAlonso Sánchez Coello.

Em novembro de 2010 foi encontrado na Áustria um retrato do rei, dado como desaparecido há 400 anos. O quadro estava no Castelo Schönberg, mas o protagonista era identificado como sendo um nobre austríaco. A obra é da autoria de Alonso Sánchez Coello e foi pintada na corte portuguesa em 1562.[18]

Retrato de D. Sebastião de Portugal (óleo sobre tela datável dos finais do século XVI ou início do século XVII, patente na câmara dos azuis).

Um outro retrato encontrado recentemente na Itália,[19] de autor ainda não identificado, mostra o soberano em idade adulta, com barba e bigode, numa representação de busto a 3/4 envergando armadura de gala com gola de folhos. Da decoração da armadura sobressai a Cruz de Cristo, de que é visível o braço superior, com uma forma mal representada, o que nos leva à conclusão da autoria por um pintor espanhol ou italiano, mais familiarizados com este tipo de cruz do que com as formas rectas da Cruz de Cristo.

O retrato está carregado de simbolismo, não apenas pela inclusão da Cruz de Cristo, como pela legenda que encima o quadro "Sebastianus I Lusitanor R" (Sebastião I Rei dos Portugueses), que remete para o início do mito de D. Sebastião.
Ver também[editar | editar código-fonte]
Lista de militares portugueses falecidos na Batalha de Álcacer Quibir
Arcos do Jardim
Árvore genealógica dos reis de Portugal
Sebastianismo
História de Portugal
Crise de sucessão de 1580
Notas e referências

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