"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
domingo, 30 de outubro de 2016
Resumo de "O Mandarim", de Eça de Queirós
(1880) Narra a história de Teodoro, funcionário público que vive numa pensão de Lisboa. De aparência mediana, tem um cotidiano medíocre, nenhum amigo nem amor. Um dia, na Feira da Ladra, compra um livro, cuja história sugere que, se ele tocar a campanhia do quarto, um mandarim muito rico deixará os bens para ele, nos confins da China... O que acontece: logo após tocá-la, recebe um telegrama com a notícia da herança deixada por um chinês. A vida de Teodoro muda radicalmente - ele passa a ter amantes, atrai todo tipo de gente etc. Mas logo se dá conta de como essa vida é fútil, afinal, todos estão por perto apenas em razão do dinheiro. Começa então a ter pesadelos com a figura do mandarim, pois supõe que a família do chinês enfrenta dificuldades econômicas - sente-se culpado e resolve viajar para a China de modo a compensá-la financeiramente. Mas dá-se mal e é obrigado a sair de lá correndo. Continua a ser perseguido, em sonhos, pela figura do chinês e, por fim, desiludido, deixa seus bens ao diabo, ironizando na mensagem final ao leitor: Sinto-me morrer. Tenho o meu testamento feito. Nele lego os meus milhões ao Demônio; pertencem-lhe; ele que os reclame e que os reparta... E a vós, homens, lego-vos apenas, sem comentários, estas palavras, só sabe bem o pão que dia a dia ganham as nossas mãos: nunca mates o mandarim! Eça faz aqui uma crítica à sociedade que só pensa no mundo material, cujos valores são determinados por tudo o que o dinheiro pode comprar.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário