"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
ERDOGAN ameaça a EUROPA...
Turquia lança ultimato à Europa sobre a isenção de vistos
09:40 Económico
Desde que o golpe de Estado fracassado ocorreu que as relações entre a Turquia e a União Europeia entraram num espiral de desentendimentos.
A Turquia não vai cumprir a sua parte do acordo sobre os refugiados que ainda mantém com a União Europeia, se Bruxelas não retirar rapidamente as suas exigências de visto para os cidadãos turcos. O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, disse a um jornal alemão que, se até Outubro, o caso não estiver resolvido, a Turquia desobriga-se da sua parte.
O cumprimento de seus compromissos no âmbito do acordo sobre os refugiados "depende da supressão de vistos para os nossos cidadãos, que também é um objectivo do acordo", disse Cavusoglu numa entrevista ao Frankfurter Allgemeine Zeitung. E especificou: a Turquia dá um prazo até Outubro para a União Europeia resolver a questão.
Cavusoglu enfatizou que as suas palavras "não são uma ameaça", mas acrescentou que "se não houver abolição de vistos, seremos forçados a abandonar o acordo atingido em 18 de Março".
Nos termos do acordo assinado em Março, Bruxelas comprometeu-se a pagar à Turquia seis mil milhões de euros, conceder a isenção de visto aos nacionais turcos e acelerar as negociações de adesão com Ancara. Em troca, a Turquia concordou em enviar de volta todos os imigrantes ilegais e refugiados que chegam à Grécia através da Turquia. O acordo entrou em vigor em 20 de Março.
Desde o início que a questão do visto ficou sob suspeita: Bruxelas nunca deu os passos necessários para o levantamento da obrigação de vistos aos cidadãos turcos, o que rapidamente causou algum atrito diplomático entre os dois blocos. Mas tudo acabaria por complicar-se ainda mais na sequência da tentativa de golpe de Estado do mês passado – e principalmente da presidencialização e endurecimento do regime a que a União está a assistir desde então.
Vários dirigentes europeus – onde se inclui a chanceler alemã Angela Merkel – têm vindo a avisar o poder turco de que está a ir na direcção errada se quiser manter expectativas de entrar na comunidade. O presidente Erdogan faz de conta que não ouve: encetou a perseguição implacável dos seus opositores e o regime está cada vez menos parecido com uma democracia.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário