Antes das próximas eleições "exijamos que os
políticos digam como vão pagar as promessas que fazem..." li algures estas palavras ditas por Ramalho Eanes.
Ora bem... como o posso fazer Senhor General Ramalho Eanes?
Já que as campanhas eleitorais são assentes em subterfúgios, já que a maioria dos políticos portugueses mentem e enganam descaradamente, já que num passado recente os portugueses foram " bode expiatório" de estratégias ardilosas, de insultuosas difamações e tudo aquilo que serviu para esses mesmos políticos retirarem a dignidade àqueles que Constitucionalmente deveriam proteger, como podemos exigir o cumprimento de promessas feitas publicamente?
Pois é... isso é que não explicou. Porque ser eleito já não é um Compromisso com os votantes, não é?
Para alguns, ser eleito é continuar com as mentiras e enganos.
É continuar a tratar o Povo Português como "pacóvios" que facilmente se deixam enganar.
Eu só Exijo RESPEITO e que NÃO PROMETAM o que NÂO PODEM CUMPRIR!
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"Coisas que não há que há"
Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há.
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num lugar onde só eu ia…
in, "O pássaro da cabeça” de Manuel António Pina
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