quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Diz Fernando Medina...


"Só estamos no início daquilo que será uma tragédia para as contas"
No programa 'Cara, Conta, Caso', da TVI24, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, começou por comentar o decurso da campanha eleitoral.

DR
POLÍTICA FERNANDO MEDINAHÁ 12 HORASPOR ZAHRA JIVÁ




"No fundo, esta eleição resume-se a uma escolha entre Passos Coelho e António Costa. Qual dos dois consegue assegurar estabilidade governativa? Que é um sonho e desejo de tantos portugueses", questiona Fernando Medina, garantindo que este vai ser o tópico central nestes últimos três dias de campanha.
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Numa análise aos argumentos do primeiro-ministro e do secretário-geral do PS, Medina adiantou que Costa vai utilizar três argumentos, já Passos, disse, não é claro.

"Costa vai utilizar o argumento de que tem melhores condições de assegurar o Governo porque a proposta dele é moderada. Por um lado, rompe com a proposta da extrema-esquerda de abandono do euro, por outro, rompe com o da coligação da austeridade. Depois vai usar o argumento da história do PS, que já governou em minoria e que tem uma grande capacidade de diálogo social. Podendo ainda puxar dos galões ao dizer que foi o PS que assegurou em concertação social a reforma mais profunda da Segurança Social. Por fim, vai utilizar a própria história pessoal, como presidente da Câmara de Lisboa e como um político com créditos", sustentou na antena da TVI24.

Já sobre a coligação, o atual autarca socialista indicou que "a situação não é muito clara". "Passos ensaiou o argumento da maioria absoluta, argumentando que não havendo maioria absoluta poderia haver um caos político. Entretanto, abandonou essa linha. Tem tentado a conquista do voto, argumentando às segundas, quartas e sextas-feiras que Costa se prepara para uma coligação à Esquerda para assustar o eleitorado", apontou.

Sobre a 'notícia do dia', de que o Governo teria alterado as contas da Parvalorem, a pedido de Maria Luís Albuquerque, para esconder prejuízos maiores do que o previsto, por causa do défice de 2012, Fernando Medina, considerou este um "caso mais sintomático". "Começa a ser uma marca muito negativa deste Governo relativamente à gestão de informação. Há limites sobre a verdade", declarou.

"A semana passada foi o caso do défice de 4,7% nos primeiros meses de 2014, em que se colocou a possibilidade de ser ou não atingida a meta do défice prometida pelo Governo", mas que o Executivo garantiu que sim e que em nada iria influenciar a meta do próximo ano. "O que não é dito é que essa informação com grande probabilidade não é verdadeira. O caso do Novo Banco começou com a história de que não havia impacto para os contribuintes, quando soubemos do impacto no défice que diziam ser apenas virtual, ontem soubemos que o virtual e o contabilístico se tornou em algo muito real", defendeu.

"Aqueles cofres cheios de Maria Luís ficam menos cheios com o Novo Banco. Ainda só estamos no início daquilo que será uma tragédia para as contas públicas", avisa Medina, concluindo que "o Governo, nesta fase final, tem abusado naquilo que seria uma gestão adequada e prudente" e só não assume com veracidade as questões que têm surgido por "uma questão eleitoral".PARTILHE ESTA NOTÍCIA COM OS SEUS AMIGOS

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