terça-feira, 29 de setembro de 2015



Partilhado através do amigo Manuel Duarte!




Egidio Peixoto


Partilho com todos vós um belo e esclarecedor texto do amigo Jorge Carvalho.

Confusão e iluminação

Na minha vida – creio que nisto sou ‘normal’ – a confusão, o condicionamento e a dependência são uma constante. Não se trata de escurecedora perturbação; ao invés, surge-me cristalina a obrigação de inspecionar e vigiar as minhas inclinações, de me manter num permanente estado de alerta. Guio-me por esta máxima: Eu sou eu e as minhas dúvidas, perplexidades, hesitações, interrogações, negações e contradições.
Claro está, o meu Ego fica massajado pelo quanto de identicidade, de positividade, de concordância e conformidade vejo ao meu redor. Mas isso constitui apenas o ponto de apoio e de partida, porquanto não tenho posição fixa, excetuando a da procura do equilíbrio no desequilíbrio e na avaliação e consideração das diferenças, negatividades e discordâncias. É destas que nasce a luz que alumia a tomada de decisão; e provoca a fotossíntese das minhas convicções.
Em termos ideológicos e de opções políticas, gosto sempre de saber de que lado estão os arautos e agentes do dinheiro, do capital, da ganância, da obesidade financeira, do esmagamento do outro, da mentira, da mistificação e da austeridade. Deles vem-me a luz da escolha: a do compromisso com o humanismo, a dignidade de todos, a alteridade, a equidade e a humanidade.
É assim que alicerço a minha opção; alinho com quem rompe a escuridão e a omissão. O meu voto nas próximas eleições decorre, pois, do facto de me rever no Mensageiro Papa Francisco: “Vemos estes refugiados, esta pobre gente que escapa da guerra, da fome, mas essa é a ponta do icebergue. Porque debaixo dele está a causa; e a causa é um sistema socioeconómico mau e injusto (…) O centro tem de ser sempre a pessoa. E o sistema económico dominante, hoje em dia, descentrou a pessoa, colocando no centro o deus do dinheiro, que é o ídolo da moda”.

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