
A ILHA DO LAGO DE INNISFREE
Vou me levantar e partir agora mesmo, partir para Innisfree,
E ali farei uma pequena cabana, com barro e varas entrelaçadas:
Nove fileiras de feijão plantarei, haverá uma colmeia para abelhas,
E viverei solitário nessa clareira, ensurdecedora de zumbidos.
E um pouco de paz ali desfrutarei, pois ali a paz destila lentamente,
Desde os véus da manhã até a hora em que canta o grilo;
A meia-noite ali tem um brilho mortiço; o meio-dia, um esplendor de púrpura,
E um entardecer, repleto das asas de pintarroxo
Vou me levantar e partir agora mesmo, pois noite e dia, a toda hora,
Escuto as águas do lago chapinhar em suave murmúrio junto à praia;
Parado pelos caminhos ou sobre as calçadas cinzentas,
Estou sempre ouvindo essas águas no recôndito do coração.
(Traduzido por José Barbosa)
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