DE UM SOPRO (XXXI)…
………………………..tão escura é a noite de inverno
…………………………como a noite em que se adormece só…
…e tão altas são as árvores que cobrem a luz do luar
que aquece as copas………………………………………………………………
…e o silêncio
refaz-se dentro do próprio silêncio
ao ganhar vontade de se expressar até ao
infinito da natureza –a-cantar.
De um sopro
……………………………os passarinhos da noite não cantam…
e abrigam-se
no sono das folhas secas do ninho.
……………………………desconhecem o fim do caminho e não sentem
…………………………..urgência em pular etapas, pois o sol não vai
morrer, depois de
acordar no alvorecer………………………………………….
De um sopro
………………………………deslumbro-me ao saber que,
……………………………..assim que ele adormecer
……………………………..virão as
estrelas do firmamento anunciar
……………………………..que esse
é o meu Momento……………………………..
De um sopro
………………………………tocas-me a alma com os olhos -a-brilhar.
……………………………..perco as palavras do poema a escrever.
…………………………….encontro-me com teus dedos, prontos a afagar.
De um sopro, sinto que a Terra é alegre e que minha boca tem
beijos que falam de um doce alvorecer…que as açucenas lilases estão
prontas-a-viver…que o vento passa por mim-sem-me-ver…que sou rio a deslizar no
teu fluir descansado-de-tão-cansado de Me viver…
De um sopro, sinto ser águia fremente em busca de luz…neve
escaldante de ternura a sufocar -no-sonho…rosa lânguida de macia pele, que
seduz a voz da lua…magnólia de cálice aromático que , de um sopro, um lírio
seduz……………………………………………………………………………………………….!
Marilisa Ribeiro- C 15-OUT/012
Sem comentários:
Enviar um comentário