quarta-feira, 14 de novembro de 2012


DE  UM SOPRO (XXXI)…

 

 

 

………………………..tão escura é a noite de inverno

…………………………como a noite em que se adormece só…

…e tão altas são as árvores que cobrem a luz do luar

que aquece as copas………………………………………………………………

…e o silêncio  refaz-se dentro do próprio silêncio

ao ganhar vontade de se expressar até ao

infinito da natureza –a-cantar.

 

De um sopro

……………………………os passarinhos da noite não cantam…

                                  e abrigam-se no sono das folhas secas do ninho.

……………………………desconhecem o fim do caminho e não sentem

…………………………..urgência em pular etapas, pois o sol não vai

morrer, depois  de acordar  no alvorecer………………………………………….

 

De um sopro

………………………………deslumbro-me ao saber que,

……………………………..assim que ele adormecer

……………………………..virão  as estrelas do firmamento anunciar

……………………………..que  esse é o meu Momento……………………………..

 

De um sopro

………………………………tocas-me a alma com os olhos -a-brilhar.

……………………………..perco as palavras do poema a escrever.

…………………………….encontro-me com teus dedos, prontos a afagar.

 

De um sopro, sinto que a Terra é alegre e que minha boca tem beijos que falam de um doce alvorecer…que as açucenas lilases estão prontas-a-viver…que o vento passa por mim-sem-me-ver…que sou rio a deslizar no teu fluir descansado-de-tão-cansado de Me viver…

 

De um sopro, sinto ser águia fremente em busca de luz…neve escaldante de ternura a sufocar -no-sonho…rosa lânguida de macia pele, que seduz a voz da lua…magnólia de cálice aromático que , de um sopro, um lírio seduz……………………………………………………………………………………………….!

 

 

Marilisa Ribeiro- C 15-OUT/012

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