"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sábado, 22 de outubro de 2016
É arte!
Faro nunca poderia vender escultura sem autorização do ministro da Cultura
ISABEL SALEMA
22/10/2016 - 10:21
Especialistas dizem que os bens dos museus são inalienáveis e condenam Faro por ter equacionado a venda de uma escultura angolana.
A cabeça da escultura nkisi nkondi
MUSEU NACIONAL DE ETNOLOGIA
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O Museu Municipal de Faro não pode vender qualquer das suas peças, disse ao PÚBLICO o gabinete do ministro da Cultura. A escultura africana que faz parte da colecção do museu e que recebeu este ano uma proposta de compra por dois milhões de euros de uma galeria britânica não pode ser negociada e vendida, em qualquer circunstância, sem autorização do ministro da Cultura, acrescentou Teresa Bizarro, assessora de imprensa de Luís Filipe Castro Mendes.
De acordo com a Lei-Quadro dos Museus Portugueses, de 2004, “os bens culturais incorporados em museus municipais integram o domínio público municipal” e “não podem ser vendidos”, respondeu o gabinete, depois de interrogado pelo PÚBLICO sobre a possibilidade de um museu municipal vender peças do seu acervo. “Nos termos da mesma lei, a desafectação do domínio público de bens incorporados em museus carece de autorização do ministro da Cultura, ouvido o Conselho Nacional de Cultura. Só depois dessa desafectação é que os bens poderão ser vendidos.” O Ministério da Cultura não recebeu qualquer pedido de Faro.
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