sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


Perfil O açoriano que queria ser fotógrafo do Estado Islâmico
Converteu-se ao Estado Islâmico, tornou-se Abdul e pediu para integrar o grupo extremista para fotografar as vivências da jihad. Este é um açoriano de 48 anos, que aproveitou a sua profissão para enviar fotografias da base militar das Lajes para cair nas boas graças dos terroristas, explica o Expresso na sua edição diária. Saiba quem é este homem.


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19:17 - 29 de Janeiro de 2015 | Por Notícias Ao Minuto


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Um homem de 48 anos, açoriano, da Ilha Terceira, preparava a sua fuga para a Síria para integrar no grupo extremista Estado Islâmico, mas acabou por ser travado pela Polícia Judiciária na Praia da Vitória pela Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT).
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Já foi interrogado duas vezes e presente no início de janeiro a tribunal. No entanto, mantém-se em liberdade, com medida de coação mínima. No interrogatório esteve presente um elemento das forças de segurança dos EUA.

Conta o Expresso que este açoriano comunicava através das redes sociais Facebook e Twitter com jihadistas ocidentais – portugueses, brasileiros e outras nacionalidades – que atualmente combatem nos territórios da Síria e do Iraque. Além de que também fazia chamadas onde afirmava ter informações sobre a base militar das Lajes, como mapas e fotografias, que acabaram nas mãos dos terroristas.

Como profissional era auxiliar de ação médica num hospital açoriano, com formação em tripulação e condução de ambulâncias e, por isso, entrava quase diariamente nas Lajes.

Gabava-se nos chats de conhecer bem a base militar e de que conseguia fazer plantas pormenorizadas de tudo.

“Aqui há sítios em que nem podemos circular porque eles não deixam e as autoridades de cá permitem que eles mandem desta forma”, lia-se nos comentários do açoriano em relação ao seu ódio aos americanos.

“Querem dominar o mundo a qualquer custo, nem que para isso tenham de aniquilar nações inteiras”, continuava.

Há vários meses que andava a planear a sua ida para a Síria e durante esse período ficou obcecado pelo Estado Islâmico. Sendo que se dizia ser também um fotógrafo, alegava que queria ir para a Síria para captar em imagens a causa com a qual se identificava. No entanto, combater não fazia parte dos seus planos.

Mudou de nome e passou a ser Abdul. Nas suas conversas diárias com outros jihadistas pedia conselhos de como integrar o grupo, acrescenta o mesmo jornal. Já durante o dia rezava no hospital às escondidas, por não querer revelar a mudança de vida.

No fim de novembro alterou o seu passaporte, o que colocou as autoridades em alerta. E como foi Abdul apanhado? Através de uma denúncia de um dos seus interlocutores nas redes sociais.

Dois supostos jihadistas – um homem e uma mulher – diziam estar na Síria, mas na verdade estavam em Portugal, atrás de um computador, a trabalhar para uma organização internacional com o objetivo de denunciar cidadãos com ligações a grupos terroristas.

Ainda em liberdade, sabe-se que o homem está proibido de comunicar com terroristas nas redes sociais, mas já terá voltado ao 'ataque'. nas redes sociais.



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