"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
POEMA: MEU VALE, DE FIRMAMENTO VESTIDO
POEMA: MEU VALE DE FIRMAMENTO VESTIDO
Rebanhos de nuvens, leves e indisciplinadas,
Flutuam contentes nas ondas avermelhadas
……………………………………………………………………..da linha do horizonte.
A frescura da manhã começa a dançar no nevoeiro
………………………………………………………………………que se movimenta,
………………………………………………………………………qual ave sonolenta!
Os raios de sol permitem às aranhas caminhar nas teias
como num lençol de sedas,
docemente bordadas de pérolas esfumadas.
………………………………………………………………………Meu corpo,
na consciência de coisa efémera da vida,
disponível para o sol inclinado,
imóvel tronco de árvore sagrado,
goza o sabor telúrico da erva
……………………………………………ainda molhada.
Eleva-se no ar o cheiro peculiar da Natureza –em-festa
enquanto o vale se veste de verde-amarelo
e as montanhas entram pelo Sol dourado
……………………………………………………………….num céu tímido,
……………………………………………………………….de azul firmamento pintado!
Odor de manhã limpa, sagrada, de branca cor radiante
tal copo de leite que se aspira ,na caminhada!
Paisagem mística na sacralidade-cosmos,
perante a grandiosidade da sensação espasmódica de ESTAR…
…um Estar quase sem querer, envolto em ecos do Passado
que o Presente obriga a perpetuar…
(Afinal, os males da Terra estão todos dentro de mim!)
É delirante a subida das Sensações montanha acima
alojadas na magnitude das árvores que suam do clima,
…………………………………………………………………………………..o sopro de vida,
às cavalitas ,umas das outras, carregando a cruz da que ficou , atrás
……………………………………………………………………………………………..mais cansada,
………………………………………………………………………………………….um pouco descorada,
………………………………………………………………………………………………descorada…
………………………………………………………………………………………………descorada…
………………………………………………………………………………………….mais velha e cansada!
………………………………………………Insólito!...............................................
…permaneço no meu vale de firmamento vestido…
…junto à margem da música da Terra
a espalhar raízes pela serra, na plenitude de uma comunhão interior
onde se confundem os sons de baladas vividas…
R-C13N-28-(vds)-2012
Marilisa Ribeiro
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