"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 30 de abril de 2010
"DIA da MÃE" (2010)
FOTOS GOOGLE
DIA DA MÃE- 2010
Toda a Mulher é MÃE! Mesmo que nunca tenha gerado um filho e mesmo que nunca venha a gerá-lo. Toda a mulher é MÃE …primeiro das suas bonecas, depois dos irmãos ou outros familiares e outras ainda por força da sua profissão e dos que dela dependem, nesse seu mundo próprio.
Todos os dias da nossa vida são, por conseguinte, dias da MÃE! Todos os dias milhões de mulheres, a metade feminina do mundo, “dão à luz” no mais recôndito lugar, viela, palácio, mesmo ao ar livre debaixo do Sol ardente ou do ar do mais frio Inverno, mesmo ao som das bombas de qualquer terra em guerra… mesmo ao som da mais bela melodia!
Muitas de nós somos Mães, somos Terra que floriu e deu ao mundo as mais lindas flores, que aconchegamos nos braços. Somos todas “mães- corujas”, mesmo quando a lucidez do amor nos permite reconhecer os defeitos dos nossos rebentos! E nisso, além de Mães, temos que ser sábias e lúcidas, pois aí reside a capacidade de orientarmos os filhos o melhor que pudermos e soubermos no seu papel de cidadãos que não devem – nunca!- deixar de ser Humanos!
Sou Mulher. Sou Mãe. Sou um ser que cai e se levanta, que ri e que chora, que perdoa e esquece …porque compreendo que ser Mulher- Mãe é , acima de tudo, reflectir! Por isso, Mães como eu, passámos noites acordadas, chorando e rindo a velar o sono dos nossos “rebentos”- de todos vós, filhos, para vos dar a calma e o sorriso da paz de que necessitáveis pra “ir crescendo”.
Apesar da idade que tendes, hoje, posso afirmar que ainda sinto o ventre gerador da vossa VIDA molhado… porque estou atenta, como posso e como sei, às vossas dores e tristezas, tal com aos vossos momentos de alegria que me fazem chorar, ora de tristeza, ora de alegria.
Não posso ser frágil…- e sou-o!- pois devo chorar rindo e tenho que rir ,chorando, pondo o meu peito e o meu colo ao vosso dispor. Mesmo que sangre, por dentro, tenho que ser o vosso porto seguro!
É ou não é assim, mulheres, de que todos os jornais e revistas hoje falam?
Nem todos temos as mesmas lembranças agradáveis da mãe que, em muitos casos, até já não está entre nós. Esteja ela onde estiver, agradeço à minha por me ter permitido respirar o ar da magia de ser MÃE.
A MÃE é, por excelência, a figura central da VIDA; associo-a à luz das mais belas estrelas, ao odor do mais rico e indefinível perfume, à beleza das mais raras flores, à pureza da mais pura gota de água… A MÃE é a Pátria querida que deve acolher os seus filhos, quando eles mais precisam, com mãos carinhosas no abraço místico da raiz telúrica!
Estou convosco, mães do meu país que, sem bens, emprego ou perspectivas decentes de um futuro melhor, chorais todos os dias sem saber o que pôr na mesa! Veremos se alguém se lembra de vos aplaudir no dia das “medalhas”, em 10 de JUNHO!
NOTA: "Pedi" ao meu amigo EUGÉNIO DE ANDRADE que me permitisse deixar, junto com o meu texto, este "POEMA À MÃE", que fala por si.Ele permitiu e eu deixo-o convosco, amigas, mães e mulheres de PORTUGAL.
Poema à mãe
No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe!
Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos!
Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais!
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura!
Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos...
Mas tu esqueceste muita coisa!
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -,
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
"Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal..."
Mas - tu sabes! - a noite é enorme
e todo o meu corpo cresceu...
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas...
Etiquetas:
Como vejo o DIA DA MÃE,
poema de Eugénio de Andrade
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A mãe compreende até o que os filhos não dizem ...
ResponderEliminarBeijo e bom fds.
Bom fim de semana minha querida, obrigado pela visita e comentário,eu tenho um poema sobre as mães que vou postar no meio da semana, por enquanto te mando o abaixo, bjs
ResponderEliminarExiste algo misterioso
no silêncio de seu olhar
que talvez nunca revele
pois, a mente feminina
é um perigoso enigma
que em vão, os homens
pretendem desvendar.
Mas, para quê conhecer
esse hermético segredo?
Se nosso grande objetivo
sempre por nós perseguido
é encontrar a felicidade
realizar nossos desejos.
Então, não faz sentido
compreender essa paixão!
O que interessa é o milagre
que dá sentido nessa religião.
Ao matar a sede dos corpos
em seu ato misericordioso
vai aos poucos libertando
seus devotos sequiosos
de um enorme desprazer
e, mesmo sem entendê-las
estamos libertos e felizes
duma existência triste e vazia
sem o amor de uma mulher!
Valter Montani
Que lindo texto...primeiro filhas, depois mães, num segundo, num piscar de olhos... é um prazer e um privilégio ver o tempo que passa e os filhos que crescem.
ResponderEliminarEsta é uma bela homenagem!
Bom dia da mãe...
depois voce me explica melho o "quê" APELATIVO
ResponderEliminardo seu comentário, de repente é algo que devo corrigir. bjs e bom fim de semana
Belo texto, Maria, pelos mais belos seres.
ResponderEliminarÉ-me doloroso escrever sobre a Mãe, porque como a Pietà, ficou-me há quatro anos em meus braços. É-me doloroso rever recordações de partida e também comemorar um dia que lhe é dedicado. São TODOS dedicados. Assim como ainda passo pelo limbo da angústia da tristeza da perda de meu Pai que, tal como minha Mãe, não foram uns pais quaisquer. Foram AQUELES pais.
ResponderEliminarJá hemodialisei noutros momentos, posts pelo afecto e perda de minha Mãe, e sem querer blasfemar, acima de Deus ainda existe a minha Mãe, sendo que agora acima de Deus existem os meus pais. Da dor nascem roseirais, bem sei, mas aproveito este post para brindar com esta homenagem tosca e roubada aqui e na Graça do Zambeziana, todas as Mães que REALMENTE o são.
Deixo a minha homenagem tambem em tom pessoal a minha Mãe, repetindo o que em tempos fiz num post la no canto:
Murmurei o teu nome, Mãe, ao ouvido do meu anjo
Murmurei o teu nome bem baixinho
para ver se me ouvias.
Os teus anjos observar-te-ão pouco antes de dormir
e olharão com os meus olhos
tentando dizer-te baixinho o meu nome.
Enquanto o meu anjo olhar o teu
Verá o teu rosto reflectido
nas lágrimas de mais uma oração
Minha querida Maria
ResponderEliminarLindo e comovente texto, muito verdadeiro, é mesmo isso ser mãe.
A MÃE é a Pátria querida que deve acolher os seus filhos, quando eles mais precisam, com mãos carinhosas no abraço místico da raiz telúrica!
Quanto ás medalhas, as Mães deste País não são contempladas, talvez porque achem que ser mãe é uma coisa sem importância.
Deixo-te um beijinho com muito carinho.
Rosa
Manuel Marques: como são sábias...
ResponderEliminarBEIJO de LUSIBERO
Nota: não me enganei nodia, ao publicar o post ,ontem. É que hoje e amanhã não vou estar cá...
MªELISA
DANIEL SILVA(LOBINHO): SEi que estás ferido; mandei-te uma mensagem por mail, recebeste?
ResponderEliminarNão sei que te dizer, Daniel. Sei que do modo que te relacionavas com os pais, essa dor não vai passar tão cedo; no entanto, tenho a certeza que os pais não quereriam que ficasses prostrado, com eu sinto que estás.Força!A vida continua!
Quando necessitares e se necessitares de mim, manda um mail.
BEIJO DE SOLIDARIEDADE de
Mª ELISA
SONHADORA: Fico feliz por teres a mesma opinião. Não me enganei no dia ,ao postar este texto, amiga; é que hoje de tarde e amanhã não terei tempo de aceder ao PC.
ResponderEliminarFeliz dia da MÃE!
BEIJITO DE Mª ELISA
Cirrus: essa é a verdade! Eu nem quis aludir ao "JOIO" porque também o há e tu sabes, para não estragar o contexto das palavras sobre a MÃE!
ResponderEliminarNós, mulheres, temos de tudo, Cirrus...mas é essa condição de MÃES, que o HOMEM nos permite ser, que nos engrandece...
BEIJO AMIGO DE Mª ELISA
VALTER MONTANI: você escreveu tudo muito bem , meu amigo! não há nada a corrigir! E quem sou eu para o corrigir?
ResponderEliminarUm texto APELATIVO é aquele que chama a atenção , que transmite Mensagem e pede uma segunda leitura, atenta. Notei isso nos três poemas seus que li e isso, pode crer ,é muito bom!
BEIJO MUITO AMIGO DE LUSIBERO, aqui de PORTUGAL
Terra de Encanto: tu sabes que é assim, porque também és MÂE!
ResponderEliminarBEIJIHNOS
Minha Querida, Mãe como eu
ResponderEliminarSabes que gosto de tudo quanto escreves e a "nossa" figura, o "nosso" papel e o sentido da nossa vida... está ali preciosamente encaixado no teu poema, quando mulheres que rasgaram o ventre e deram ao mundo novas vidas...
Se eu te disser que a minha Mãe foi e continua a ser a força energética da natureza, na minha vida...estou a dizê-lo de todo o coração!
Por isso a minha homenagem a este ser maravilhoso que está na minha vida, são umas linhas que lhe escrevi...talvez num dos últimos anos da sua vida terrena... e porque ela está tão presente e sempre nos meus dias de hoje, fui buscá-lo para enfeitar o nosso Dia!
Beijo amigo e carinhoso
Graça
Li o seu texto e vieram-me as lágrimas ao rosto. Minha mãe, ainda viva, está presa numa cama.
ResponderEliminarFeliz dia da mãe e todos os outros que se seguirão!
Beijos.
P.S.: No Brasil, este dia é no 2º domingo de Maio.
Maria,
ResponderEliminarUm texto muito emocionado que nos deixa de lágrimas nos olhos.
Uma mãe é um tesouro, tal como um pai, os irmãos e, os filhos, cada um tem um lugar muito próprio, mas sempre os mais especiais da nossa vida. Eu ainda tenho mãe e, todos os dias peço a Deus que me a conserve o mais possível, pois se eu lhe faço falta a, mim faz-me a dobrar.
Obrigada por este texto tão belo que me fez recordar tantas palavras da minha querida e adorada mãe. Uma mãe sabe sempre compreender um filho mesmo em silêncio, creio que é uma característica do ser Mulher.
obrigada também por trazer aqui um dos meus poetas o Eugénio de Andrade com um poema que nos é tão conhecido, sentido e belo.
Espero do fundo do coração que esteja tudo a correr bem com a Maria.
Abraço com amizade da Luz
Maria, Mulher-Mãe, todas as rosas do mundo serão poucas para homenagear a MÃE!
ResponderEliminarParabéns por este texto que nos deixa hoje, com todo o realismo que nele se respira e, já agora, pelo poema do sempre incomparável Eugénio!
Feliz Dia da Mãe! Beijo
Olá Maria Elisa, feliz dia da Mãe para ti.Beijocas.
ResponderEliminarQuerida Fatinha: o mesmo para ti, minha querida.
ResponderEliminarBEIJOS
Quicas: só hoje lhe posso responder.
ResponderEliminarTem razão: não há flores suficientes para homenagear a mãe...Tenho dores grandes a esse respeito, mas lembro-me muito da minha...
Beijo amigo
Lusibero
Minha querida Luz: obrigada pelas tuas palavras, tão sentidas.
ResponderEliminarEspero que tenhas passado um feliz dia.
Eu vou indo ,com a ajuda da medicação e da minha filha, a Terra de Encanto, que é a minha psicóloga....
Beijos, amiga
Minha querida GRACINHA: só hoje te estou a responder, pois não tive acesso ao PC desde sábado à tarde. Não vi, por conseguinte o teu post. Vou lá agora e comentarei lá, sim?
ResponderEliminarBEIJOS ,minha amiga
Maria:
ResponderEliminarAcho que todas as mulheres, ao nascerem, foram cingidas por uma aura de sensibilidade a mais que as torna assim, mães, tendo ou não filhos ao redor de si.
Bjos
Maria Teresa: é isso mesmo que eu afirmo, no meu post, minha amiga!Mãe não é só aquela que tem um filho no ventre...
ResponderEliminarBeijinhos , amiga.
MARIA ELISA
Vim tarde, mas vim, deixar um grande afeto a esta mulher guerreira e altiva, acima de tudo MÃE.
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