És, Douro, serpente ondulante por entre penhascos;
Mexes-te, preguiçoso, quase de, rastos,
Procurando trilhos onde a terra o permite…
És, Douro, o canto solto nas gargalhadas
Ouvidas nas escarpas perfiladas,
Onde mulheres e homens esforçados
Limpam as videiras, prenhes de bagos.
Cobre a verdura, as encostas dos vales
Por onde te expandes e ajuda-te a percorrer,
Lenta, as rochas onde te espreguiças
Quando, por fim, te moves.
Tu és, Douro,
Serpente encantada onde a vida chora,
Ferida, teus esforços tão constantes!
O vinho,
Sangue vermelho contido,
Dá-te, na vida, o cheiro flutuante
De cada socalco…canteiro florido!
Julho/08-Ce5/40/08E
"És, Douro, o canto solto nas gargalhadas
ResponderEliminarOuvidas nas escarpas perfiladas,
Onde mulheres e homens esforçados
Limpam as videiras, prenhes de bagos"
Lindo , Maria
A terra é que dá o pão, e a felicidade.
Uma beijoca para si
Olá, Maria!
ResponderEliminarMais uma vez perfeita colocação e muito bem lembrado Fellini.
Mas, apesar de tudo, brindemos a vida com o vinho que descreveste em cheiros flutuantes... aquele que acorda todos os nossos sentidos.
Minha Terra é linda e estava a ver a tua que é tão linda também.
Beijo em teu coração
Francisco, meu querido e atento amigo:acho que nós, bairradinos, que vivemos a vida dos nossos lavradores e conhecemos a dureza dos sacrifícios de quem trabalha nas vinhas, sabemos bem a que me refiro. Sinto ,hoje, mais respeito, se é que é possível, pelos lavradores que clamam contra "essa coisa" amorfa ,a quem chamaram ministro da agricultura!
ResponderEliminarBeijo de lusibero
Malu:obrigada pelas tuas sentidas palavras. Só uma mulher sensível, com um país tão lindo, pode dizer o que disseste.
ResponderEliminarBeijos de lusibero
CIRRUS:meu outro atento amigo...Vou dar-lhe a satisfação de lhe dizer que almocei no "SACRESTIA", atrás daquele lindo fontanário de duas bicas...Comi um bocado de carne,
ResponderEliminartipo vitela de LAFÕES, que estava divinal!
BEIJO de lusibero
Que bonita esta ode ao Douro! Muito bonito MESMO.
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