"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
terça-feira, 21 de julho de 2009
POEMA DO CICLO" MULHER QUARTO_CRESCENTE
Nas areias do deserto,
cortadas pelo imponente alazão,
entra, decidida, a mulher do mistério branco,
corada de azul-luar.
Conhece já o caminho
o reluzente animal negro.
Com cuidados redobrados,
cônscio do tesouro que leva no dorso,
encaminha-se,
a passos lentos, ritmados,
para a branca tenda do “senhor” da noite,
altiva, armada desde o sol posto,
de almofadas ornada e
peles de oiro coberta,
cheirando a óleos fragrantes,
esperando a hora de receber o Amor…
Mãos rudes de guerreiro solitário
tocarão, suaves, as montanhas do desejo,
lânguidas, sob o céu solidário...
De repente, “VÉU AZUL” não sente, senão,
a suavidade das mãos calosas, desejosas
de interpretar caminhos de solidão…
A brisa cala-se… o luar acontece…e
a noite morre no AMOR, entre a Senhora e o Senhor…
Sorri e esconde-se, a lua cúmplice.
O novo amanhecer será já em Quarto-Crescente…
Ventre quente…semente a germinar…
Vida acontecida ao som dos raios do luar…
C6F -125/21 –JLH/09
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Belos versos... Amor...
ResponderEliminarEu ando sem inspiração para eles.
"Mãos rudes de guerreiro solitário
ResponderEliminartocarão, suaves, as montanhas do desejo,
lânguidas, sob o céu imaginário…"
Sem mais palavras.
Beijinho amigo
Maravilhoso poema. Maria! Muito bom...
ResponderEliminarjocas
eu não percebi se era o alazão ou a mulher de branco quem ia ter com o Senhor...
ResponderEliminar