quinta-feira, 13 de junho de 2024

POEMA:

POEMA
TENHO RAIZ-TENHO SEIVA
*no reverso da praia azul, está outra praia
Que chega em catadupas de ondas azul-esverdeadas
Saudar o dia da beira-mar de areias douradas.
É nela que canta o sol! (O sol nunca chora!) e vive no mais azul
do céu cor de safira,
De ouro avermelhado, de canela acastanhada e de palmeira esverdeada.
*do outro lado das HORAS,
estilhaçam-se espelhos rasgados pela ALMA -DO -TEMPO.
Tenho raíz pois minha mãe deu-me a vida.
Foi um momento único
pois comecei a crescer...
Antes que as flores me inundassem de cores,
vieram ter comigo, há muito,
os mitos das horas dos poentes melancólicos.
*As aves batiam as asas no segredo das quase-noites
E aportavam ao tronco das ramagens das árvores apetecidas-----
-----Árvores históricas-raízes-de-um-país-anémico, que não teve
Que guardar o sangue o sangue vermelho da seiva das origens.
Minhas letras de todas as cores tornaram-se sílabas
que deram palavras aos versos
com todas as intenções do reverso das ocasiões.
*Neste hemisfério da noite,
No sopro que afasta os insectos luminosos
Da água que me dessedenta,
ouço apenas o bater das asas.
Do mar-azul-reverso do outro lado do mar,
estará um Farol-a-Haver
pronto a afastar-me dos tantos escolhos rochosos,
pois nasci de uma raiz onírica
que me mantém o sangue a correr!
Maria Elisa Ribeiro
©JAN/2017
Pode ser arte
Todas as reaçõe

 

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