sexta-feira, 21 de junho de 2024

POEMA

 POEMA :











UM INFINITO DE NÓS
Tantos momentos foram passando,
sem que nos lembrássemos
de os segurar em nós…
Das belas cores incandescentes que rodearam o nosso viver,
permitimos que o calor se perdesse em gargalhadas multicolores,
como gotas de orvalho ao sol,
o que fez com que se complicassem as esperanças dos momentos
sussurrados,
na nossa vontade de nos ouvirmos.
Perdemos o padrão dos sorrisos que,
mesmo sem os tantos-momentos-de-nós
nos poderiam fazer convergir para UM-Infinito.
Como o Infinito é inatingível, espalhámos esses momentos
pela vida telúrica das flores dos frutos loucamente maduros,
das ervas-de-cheiro
e dos atalhos conspurcados das ruas…
E se o vento soprar forte,
pode acontecer que sejamos
capazes de tocar a face de cada um de nós.
Maria Elisa Ribeiro
AGT/018

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