domingo, 16 de junho de 2024

POEMA

 CAMINHANDO

De passo em passo,
vou caminhando para o mundo que escurece.
Tenho ,no entanto, uma ténue luz a abrir-me os
caminhos que, diga-se, já conheço, quase de cor.
Vejo gaivotas voando para terra que, no cimo da colina,
baixinho, baixinho, esperam que se acalmem as águas do mar.
Mas não é possível sentir palpitar o coração dessa luz...
Ela pode ser noite encarcerada no íntimo das estrelas,
Que são sombras
até ao desabrochar das brumas do entardecer.
Queria senti-las rasgar o ventre sisífico da montanha
E ouvir sorrir a neblina misteriosa
que se sentou numa pedra, no cimo dela.
Se é da noite que nasce o incêndio de qualquer alvorada,
Gostaria de ouvir sorrir o pólen dos sóis que,
no horizonte, deixa a descoberto o mar revolto,
a correr em apopléticas ondas pelo areal,
onde sempre beijaram as praias do Infinito.
Há tanto caminho ainda a percorrer nesta Vida que me
viu nascer
que, ao som de “Au Clair de Lune” piso as ervas secas, as pétalas
das flores e os aromas do campo onde não há regras sociais, hipócritas
e tradicionais, que nos repreendam a Alma!
©Maria Elisa Ribeiro
JAN/2018
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Todas as reaç

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