terça-feira, 21 de março de 2023

POEMA

 O APELO DA NOITE

O apelo da noite faz-se sentir quando a terra e o homem
se cansam de resistir.
O dia, consequência natural das forças universais que giram na génese
da existência do cosmos,
Saúda as promessas do nosso caminho ao embelezarmos todos os cantinhos
dos caminhos-estradas do nosso dia-a-dia/
Sinto-me um cansaço que não evolui para o descanso e sopro ideias
para não me trair,
ansiando pelo rebentar das flores dos campos e dos jardins.
O vento canta a música das árvores árvores turbulentas e sensuais.
É uma música que se esconde no meu interior, pelo que começo o dia
cheia de angústias sem perspectivas de ver ACONTECER o meu viver
nos braços enlevados do AMOR./
Gostaria de provar a franqueza desnorteada da terra,
quando explode magma (seu esperma natural) que,
em vez de Vida gera Morte....mas, fujo dessa obsessão deslizante, vagueante
por essas encostas sofridas.
Amo a Vida! Amo a Terra genesíaca! Amo a pintura de ambientes escaldantes,
mesmo que, por instantes, no mais profundo da minha origem.
Há Verdade neste momento de MIM! Por isso prometo o meu PRESENTE./
PRESENTE, átimo da minha existência em cadeia com elementos dispersos
nos versos da Terra em forma de ÁGUA----FOGO----AR---- e húmus fertilizante
que faz a VIDA crescer.
Odeio a intelectualidade do pedaço de broa que me alimenta,
fruto do cereal pujante que a seara vai parir em dias de calor
e extrema dor...
Essa semente já foi farinha brilhante a arder no interior da terra vulvar.
O amor é como o pão...sem semente não existe, NÃO!/
Maria Elisa Ribeiro
©MAIO/ 2021
Todas as reações:
Luiz Carlos Dos Santos

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