quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Poema meu (Obra Regª)














POEMA:




TEMPESTADES




Surgiste como uma nuvem empurrada pelo vento
em dia de tempestade, floco de fragmentos do céu,
ferido na ponta do grito de um trovão…
Esse foi um momento único, tão veloz como brisa de ar
que tocou o meu coração e
como relâmpago que acendeu estrelas, nos trilhos do céu.
Surgiste e logo me abraçaste!
E eu quis demorar-me nesse abraço que logo me deste,
como quem não pode esperar pelo beijo lento e húmido,
pronto a acalmar uma invisível tempestade, a desabar.
Quis demorar-me nesse crepitar de vida, que me correu
pelas veias…
na tua música suave ,que aos meus ouvidos soou
como divino
aroma que se dispersa pelas almas certas,
quando se encontram e se fundem…
Não posso descuidar-me…
Não posso perder a atenção e correr o risco
de perder-me fora do teu coração…
Abraçados assim, a noite irá acabar nos raios de luar…
O som do trovão irá perder-se por entre as florestas iluminadas, as estrelas
brilhantes e sossegadas, os rios espumosos a correrem para o mar.
Sinto-me a empalidecer de fulgor e a loucura, vejo-a a escorrer pela
parede que nos verá adormecer.





Enchamos, no meio da tempestade, toda esta casa de amor,
tal fossem flores de um vermelho pujante
que ponho nos vasos a amadurecer…

Maria Elisa Ribeiro-Portugal
JAN/017

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